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660 mil fazem "provão do 2º grau"
MARTA AVANCINI
da Reportagem Local
Cerca de 660 mil alunos da terceira série do segundo grau de nove Estados fizeram ontem a "prova-piloto" do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio).
Em São Paulo, fizeram o exame
325.668 alunos de 2.154 escolas estaduais. Os outros Estados são: Rio
de Janeiro, Paraná, Rio Grande do
Norte, Pernambuco, Sergipe,
Rondônia, Goiás e Bahia.
O exame, conhecido como
"provão do segundo grau", quer
avaliar, nessa primeira edição, o
sistema educacional.
"A prova vai permitir diagnóstico preciso do ensino médio", avalia o ministro da Educação, Paulo
Renato Souza.
Os resultados serão encaminhados às secretarias estaduais, que os
repassarão às escolas.
"O exame pode ajudar a programar cursos de aperfeiçoamento
mais adequados às nossas necessidades", avalia Ana Maria Ziccardi,
30, professora de português da
EESG Prof. Ascendino Reis.
A partir de 98, o caráter do exame muda: ele vai funcionar como
uma espécie de credencial para o
aluno obter uma pontuação, explica o ministro.
A pontuação poderá ser usada
por universidades, escolas técnicas e empresas para avaliar o desempenho acadêmico do aluno.
Apenas farão o Enem os estudantes que quiserem.
"Se formos bem-sucedidos, nos
próximos seis anos vai haver um
esvaziamento do formato tradicional do vestibular", estima Paulo
Renato. Ele diz que as universidades querem ter certeza de que o
Enem vai dar certo, antes de abandonar seus sistemas de avaliação.
Apesar da intenção do ministro,
alunos ouvidos pela Folha, disseram que seriam reprovados se ela
fosse usada como avaliação para
entrar em uma universidade.
"Acho que acertei 5 das 30 questões", disse Tatiana Pereira, 17.
Os alunos de cada escola foram
divididos em grupos de 30 pessoas.
Cada grupo fez o exame de uma
das disciplinas avaliadas -português, matemática, física, química e
biologia.
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