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Evasão de adultos é baixa, diz Ruth
da Reportagem Local
A presidente do Conselho da Co
munidade Solidária e primeira-da
ma, Ruth Cardoso, apresentou on
tem em São Paulo uma avaliação
bastante positiva do projeto piloto
Alfabetização Solidária, que ocor
reu no primeiro semestre.
O projeto é uma parceria de ór
gãos de governo, instituições de
ensino superior (38, no projeto pi
loto) e setor privado (uma empre
sa por município), voltado para a
alfabetização de jovens e adultos
nas regiões onde o analfabetismo é
mais alto (Norte e Nordeste).
Segundo a avaliação -exposta
em um texto de 56 páginas- a
evasão entre os 9.101 alunos inscri
tos ficou em 26%, "baixa para um
programa de adultos que acabara
de ser implantado".
A aprendizagem teve desempe
nho diferenciado por município.
Nas 21 cidades que fizeram avalia
ção inicial e final, 27% aprende
ram a ler e escrever palavras, 21%
frases, e 26% textos.
O curso foi ministrado em cinco
meses, com 69 dias letivos e 198
horas de aula, em média, e vol
tou-se principalmente aos jovens
(44% de 12 a 18 anos).
O custo/aluno foi de R$ 34 por
mês, metade pago pelo Ministério
da Educação, metade pela empresa
que "adota" o município.
Para Ruth Cardoso, a avaliação
mostrou que "este é um modelo
de alfabetização que pode ser re
produzido em outras partes do
país".
A principal crítica foi feita por
Sérgio Haddad, diretor da Ação
Educativa, organização não-go
vernamental que elaborou para o
MEC um modelo de currículo para
a educação de jovens e adultos.
Segundo ele, o principal proble
ma é dar continuidade a esse tra
balho inicial, caso contrario, os
conhecimentos se perdem.
O ministro da Educação, Paulo
Renato Souza, afirmou que 44 do
120 municípios que já tem o pro
grama estão com processos para a
instalação de supletivos para os re
cém-alfabetizados. Hoje, 40 mil
alunos estão no programa. O Bra
sil tem 18 milhões de analfabetos.
(FR)
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