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Comerciante nega fabricação do produto
da Agência Folha, em Salvador
Principal suspeito de ter fabricado a
cachaça que estaria contaminada
por metanol, o comerciante Mário Nascimento Souza, 74, negou ontem ter
vendido o produto para o distribuidor
Gezildo Cerqueira Santana.
Segundo a Vigilância Sanitária, a
cachaça distribuída por Gezildo
Santana é a principal suspeita de
ter provocado a morte de 11 pessoas em Serrinha (173 km de Salvador/BA), nos últimos 20 dias.
"Eu não vendi cachaça a Gezildo
Santana. Deixei de fabricar esse
produto há cinco anos", disse Mário Souza.
Souza informou que, atualmente, apenas engarrafa e distribui cachaça produzida por empresas
credenciadas pelo Ministério da
Agricultura em Goiás, Minas Gerais e Sergipe.
"Esse comerciante (Gezildo) deve ter comprado cachaça de atravessadores que vendem o produto
nas estradas a um preço menor."
A mulher de Gezildo Santana,
Maria Alice dos Santos, 50, reafirmou ontem que seu marido adquiriu a cachaça suspeita de contaminação no estabelecimento de Mário Souza.
Até ontem à tarde, Gezildo Santana ainda não havia retornado de
uma viagem a Salvador, segundo
sua mulher.
O chefe de fiscalização do Ministério da Agricultura da Bahia, Osmar Alexandria Batista, disse ontem que a empresa MS Engarrafadora e Transportes Ltda., que pertence a Mário Nascimento Souza,
não tem licença para fabricar cachaça.
"A empresa foi fiscalizada recentemente e não encontramos
nenhum indício de fabricação do
produto. O que a MS faz é adquirir,
engarrafar e revender o produto."
Segundo Batista, técnicos do ministério vão fazer nova inspeção na
empresa nos próximos dias.
Segundo Maria Alice, seu marido tem as notas fiscais que comprovam a compra do produto.
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