da Reportagem Local

O comandante-geral da PM, Rui Cesar Melo, 48, afirma que o policiamento na Vila Prudente está intensificado desde a última quinta-feira, quando foi registrada a primeira chacina.
Segundo ele, seis carros da Rota, com 25 policiais, estão patrulhando a região. "A região é muito grande. É impossível estar em todos os lugares ao mesmo tempo."
Melo afirma que a única forma de acabar com a guerra dos traficantes é identificar os mandantes por meio de uma investigação bem feita.

Coincidências
As coincidências entre os crimes vão além das fitas de náilon verdes com que as vítimas foram amordaçadas e amarradas.
A única sobrevivente da chacina de ontem, M.A.C.V., 12, é parente de uma das vítimas fatais da chacina de anteontem, e provavelmente parente também de Barriga -que comanda o tráfico na favela Paraguai, na Vila Prudente, e alvo principal da quadrilha comandada pelo outro traficante, Carioca.
Sem citar nomes, a polícia informou também que uma das vítimas fatais da chacina de ontem foi vista no velório de uma das pessoas mortas no crime ocorrido anteontem.
Até a tarde de ontem, nenhum parente das seis pessoas mortas nas duas chacinas de anteontem tinha ido ao IML (Instituto Médico Legal) reconhecer os corpos.
Segundo os funcionários, hoje as impressões digitais das vítimas serão encaminhados ao instituto de identificação para que ocorra a qualificação dos mortos. Os corpos devem permanecer no IML até a próxima quinta, caso ninguém apareça para enterrá-los.
Todas as vítimas das duas chacinas de anteontem à noite foram mortas com tiros de armas calibre 32 e 380. Os tiros foram na cabeça e pescoço. Os mortos foram encontrados amordaçados com fita crepe e amarrados com uma corda de náilon verde.
Duas das vítimas das chacinas de anteontem são crianças e uma é adolescente. Segundo a polícia, elas podem ter sido por mortas por estarem junto com os adultos. Os três meninos ainda não foram identificados.
(CC e PL)

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