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Polícia teme atentado a testemunha
da Reportagem Local
A polícia teme que a única testemunha da chacina que ocorreu
ontem, a sobrevivente M.A.C.V.,
12, que está internada no Hospital
Ipiranga, seja novamente atacada
pelos assassinos.
O delegado de plantão do 17º
Distrito Policial (Ipiranga), Renato Velloso, disse que há risco de os
assassinos invadirem o hospital
para matá-la. Por isso, policiais do
DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa) estão
fazendo a escolta da menina no
hospital.
Segundo Velloso, M., que levou
dois tiros no rosto e um no braço,
estava com dificuldades para falar
por causa dos ferimentos e também por medo. O hospital informou apenas que ela passava bem.
Segundo Velloso, M. não quis
fornecer os nomes dos mortos,
mas informou que se tratavam de
sua avó -uma mulher aparentando 50 anos- e de seus dois
primos -uma menina de cerca
de 13 anos e um homem aparentando ter 40 anos.
Cinco homens
A menina informou à polícia os
apelidos de cinco homens que teriam participado da chacina de
ontem. Segundo ela, eles seriam
moradores da favela de Heliópolis. M. disse que é moradora da
mesma favela, mas se recusou a
fornecer o endereço.
A sobrevivente foi encontrada
sentada sobre as costas do corpo
de sua avó. Ela pediu socorro a
uma mulher que passava na rua.
Essa mulher acionou o Comando
de Policiamento de Trânsito, que
levou M. ao hospital.
M. se negou a contar como foi a
abordagem dos assassinos. Velloso acredita que as vítimas tenham
sido colocadas dentro de um veículo, onde foram amordaçadas,
amarradas e mortas. Os assassinos teriam ido até a rua Diogo de
Mendonça, que é um local ermo,
para deixar os corpos.
O crime está sendo investigado
também pela equipe A-Sul do
DHPP. O delegado Octacílio de
Oliveira Andrade não descartou a
ligação entre essa e as chacinas
que ocorreram anteontem à noite
-que estão sendo investigadas
por outra equipe do DHPP.
"Vamos reunir todos os dados e
trabalhar em conjunto para descobrir se existe ligação", disse.
(PL)
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