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CRIANÇA
Entidades defendem liberdade assistida
da Reportagem Local
Em oposição às propostas de redução da maioridade penal, a
Fundação Abrinq e entidades dedefesa dos direitos da criança e do
adolescente estão incentivando a
aplicação de medidas socioeducativas de liberdade assistida.
Nesse regime, previsto pelo Estatuto da Criança e do Adolescente, menores que cometem delitos
que não sejam graves, em vez de
serem internados, recebem orientação em meio aberto, próximos
da família e da comunidade.
"É falsa a idéia de que o sistema
penitenciário pode resolver a delinquência juvenil. Isso só contribui para inseri-lo na criminalidade", afirma Mário Volpi, oficial de
projetos do Unicef (Fundo das
Nações Unidas para a Infância).
"A internação é a última medida
a ser aplicada pelo Estado", diz a
diretora do Departamento da
Criança e do Adolescente do Ministério da Justiça, Olga Câmara.
No sistema de liberdade assistida comunitária (LAC), o menor é
acompanhado por um técnico,
que analisa seu desempenho escolar e sua condição familiar. Ele
também participa de um conjunto de atividades de ressocialização, como esporte, arte e música.
É o que acontece, por exemplo,
nos centros de defesa Mônica
Paião Trevisan, em Sapopemba
(zona leste), e Casa Dez, no Sacomã (zona sudeste).
Nesses locais, além da baixa
reincidência dos atendidos em
LAC, os gastos são inferiores aos
do regime de internato.
A educadora Sueli Santiago dos
Santos conta que o custo de um
menor para o Paião Trevisan é de
R$ 120 mensais -verba repassada pelo Estado e pela Fundação
Abrinq. Na Febem, o gasto mensal de cada adolescente é de R$
1.700. "Mas o argumento principal não é o preço. Mesmo se fosse
mais caro, valeria a pena, pois o
índice de recuperação é maior",
afirma Mário Volpi.
Esta coluna é elaborada em parceria com a
Fundação Abrinq pelos Direitos da Criança,
rua Lisboa, 224, Jardim América, CEP 05413-000, tel. (0/xx/11) 881-0699.
Home page: www.fundabrinq.org.br
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