São Paulo, sexta-feira, 06 de dezembro de 2002

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Marta assina parceria para construir auditório no parque Ibirapuera

DA REPORTAGEM LOCAL

Em seu aniversário de 450 anos (no dia 25 de janeiro de 2004), a cidade de São Paulo deverá ganhar um auditório de aproximadamente R$ 10 milhões, com capacidade para 400 pessoas e a assinatura do arquiteto Oscar Niemeyer, 94. É esse o plano da Secretaria Municipal do Meio Ambiente: concluir o projeto original de Niemeyer para o parque Ibirapuera, um dos principais símbolos da capital, na zona sul.
O convênio que deve viabilizar a obra foi assinado ontem pela prefeita Marta Suplicy (PT) e a operadora de telefonia celular TIM.
A nova sala de espetáculos ficará -conforme previsto nos anos 50- ao lado da Oca. A marquise será ampliada, ligando as duas construções. Onde hoje fica o portão 2 (em frente ao Obelisco), será instalada a entrada principal.
Com a obra, a prefeitura pretende acabar com os grandes shows de música -como o dos Doces Bárbaros, amanhã- na praça da Paz. Por causa do barulho e da confusão que causam, os eventos são alvo de reclamações de frequentadores e de vizinhos do local e degradam a vegetação.
O auditório terá um palco aberto nos fundos. "Voltamos à idéia original de Niemeyer de ter o parque dividido em duas áreas: uma de lazer contemplativo e outra de opções culturais, separadas pelos lagos", diz a secretária do Meio Ambiente, Stela Goldenstein.
A programação e o perfil da casa não estão definidos, mas Stela disse que será eclética. O preço vai variar segundo a natureza do público e do evento. Niemeyer, que veio do Rio ontem especialmente para a assinatura do convênio, disse que o espaço se presta a congressos, dança e música.
"Estou aqui mais para agradecer e exprimir minha surpresa, porque há muito tempo estamos esperando esse auditório. Agora não vamos ter apenas a cúpula branca [da Oca] sozinha. O auditório completa a paisagem arquitetônica", afirmou o arquiteto.
A previsão é que as obras comecem em fevereiro de 2003. A TIM arcará com todo o projeto. A operadora está desde 98 no Brasil, tem cerca de 5 milhões de clientes e, como suas concorrentes, tem antenas já instaladas e funcionando sem alvará em São Paulo. Segundo a assessoria de imprensa da empresa, a demora é da burocracia municipal. Goldenstein diz que não há contrapartida da prefeitura na obra do Ibirapuera. "Não vamos ceder áreas nem facilitar a autorização de antenas."


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