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Marta assina parceria para construir auditório no parque Ibirapuera
DA REPORTAGEM LOCAL
Em seu aniversário de 450 anos
(no dia 25 de janeiro de 2004), a
cidade de São Paulo deverá ganhar um auditório de aproximadamente R$ 10 milhões, com capacidade para 400 pessoas e a assinatura do arquiteto Oscar Niemeyer, 94. É esse o plano da Secretaria Municipal do Meio Ambiente: concluir o projeto original de
Niemeyer para o parque Ibirapuera, um dos principais símbolos da capital, na zona sul.
O convênio que deve viabilizar a
obra foi assinado ontem pela prefeita Marta Suplicy (PT) e a operadora de telefonia celular TIM.
A nova sala de espetáculos ficará -conforme previsto nos anos
50- ao lado da Oca. A marquise
será ampliada, ligando as duas
construções. Onde hoje fica o
portão 2 (em frente ao Obelisco),
será instalada a entrada principal.
Com a obra, a prefeitura pretende acabar com os grandes shows
de música -como o dos Doces
Bárbaros, amanhã- na praça da
Paz. Por causa do barulho e da
confusão que causam, os eventos
são alvo de reclamações de frequentadores e de vizinhos do local e degradam a vegetação.
O auditório terá um palco aberto nos fundos. "Voltamos à idéia
original de Niemeyer de ter o parque dividido em duas áreas: uma
de lazer contemplativo e outra de
opções culturais, separadas pelos
lagos", diz a secretária do Meio
Ambiente, Stela Goldenstein.
A programação e o perfil da casa não estão definidos, mas Stela
disse que será eclética. O preço vai
variar segundo a natureza do público e do evento. Niemeyer, que
veio do Rio ontem especialmente
para a assinatura do convênio,
disse que o espaço se presta a congressos, dança e música.
"Estou aqui mais para agradecer e exprimir minha surpresa,
porque há muito tempo estamos
esperando esse auditório. Agora
não vamos ter apenas a cúpula
branca [da Oca] sozinha. O auditório completa a paisagem arquitetônica", afirmou o arquiteto.
A previsão é que as obras comecem em fevereiro de 2003. A TIM
arcará com todo o projeto. A operadora está desde 98 no Brasil,
tem cerca de 5 milhões de clientes
e, como suas concorrentes, tem
antenas já instaladas e funcionando sem alvará em São Paulo. Segundo a assessoria de imprensa
da empresa, a demora é da burocracia municipal. Goldenstein diz
que não há contrapartida da prefeitura na obra do Ibirapuera.
"Não vamos ceder áreas nem facilitar a autorização de antenas."
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