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ACRE
Acusado que assume a agressão é punido com multa
Promotoria registra agressões de professores a alunos da rede pública
EDUARDO SCOLESE
DA AGÊNCIA FOLHA
O Ministério Público do Acre
tem registrado nos últimos dois
meses em Rio Branco casos de
agressão física e constrangimento
de professores a alunos das redes
estadual e municipal de ensino. A
Promotoria só detalhou cinco casos, mas diz que o número de denúncias subiu nos últimos dias.
Os nomes de envolvidos e escolas
têm sido mantidos sob sigilo.
Segundo o promotor Getúlio
Barbosa, os professores têm recebido multas. Os estudantes estão
sendo transferidos de escola.
Ele citou o caso de uma jovem
de 16 anos. "O professor deu uma
gravata nela porque ela queria ver
a nota na prova de física." O professor pagou multa de três salários mínimos [R$ 600", revertidos
em alimentos para uma instituição beneficente de Rio Branco. A
estudante mudou de classe.
Em outro caso, diz Barbosa,
uma professora puxou a orelha de
uma aluna de dez anos e a empurrou contra a parede após ela ter
derrubado uma caixa de lápis. A
acusada teve de pagar R$ 400.
Segundo o Ministério Público,
ainda há casos de uma professora
que tapou a boca dos alunos com
fita adesiva, de um professor que
agrediu um jovem de 12 anos com
tapas no rosto para que ele saísse
da quadra e de uma professora
que obrigou os alunos a ajoelharem sobre tampas de garrafas.
"O número de casos tem crescido desde setembro, talvez pela falta de preparo dos professores."
Outro lado
Para a Secretaria Estadual da
Educação, as agressões devem ser
evitadas com trabalhos psicológicos para professores e alunos. Para o governo, assistentes sociais
têm ajudado a prevenir agressões.
Raimunda Soares Elshawwa, secretária municipal da Educação,
disse que nenhum caso na rede foi
comunicado oficialmente.
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