São Paulo, sexta-feira, 06 de dezembro de 2002

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MORTE NA PF

Quatro teriam sido reconhecidos por preso

Deputado diz que pelo menos oito policiais federais estão envolvidos

MARIO HUGO MONKEN
DA SUCURSAL DO RIO

Integrante da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Tortura que investiga a morte do auxiliar de cozinha Antônio Gonçalves de Abreu, o deputado federal Magno Malta (PL-ES) disse ontem que a comissão já concluiu que pelo menos oito policiais federais se envolveram no espancamento da vítima na manhã de 7 de setembro, na Superintendência da PF (Polícia Federal) no Rio.
Abreu foi preso sob a acusação de ter participado do assassinato do policial federal Gustavo Mayer Moreira. Horas depois da prisão, ele deixou a superintendência com traumatismo craniano. Abreu morreu no dia 8.
Malta não citou nomes, mas disse que, entre os envolvidos, estão os quatro policiais federais reconhecidos por foto pelo preso Samuel Dias de Cerqueira, também acusado pela morte de Moreira. Os quatro foram citados na CPI pelo delegado que estava de plantão no dia 7, Marcelo Duval Soares. Ele disse que os quatro policiais entraram na carceragem sem a sua autorização.
Hoje, o delegado que preside o inquérito, Paulo Iung, apresentará 50 policiais federais para ser reconhecidos por Cerqueira e por Márcio Cerqueira Gomes, outro acusado pela morte do agente.
Sete agentes e dois delegados, entre eles Soares, foram ouvidos ontem por Iung. Segundo a PF, cada um explicou como tudo aconteceu. O deputado disse que a CPI recebeu na segunda um ofício de Iung que informava que ontem e hoje haveria as representações cênicas do espancamento.
Para ele, o adiamento da reconstituição prejudicará a conclusão do relatório da CPI. A PF informou que a mudança se deveu a pedido de peritos do Instituto Nacional de Criminalística. Eles alegaram precisar de mais dados para realizar a encenação.


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