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MORTE NA PF
Quatro teriam sido reconhecidos por preso
Deputado diz que pelo menos oito policiais federais estão envolvidos
MARIO HUGO MONKEN
DA SUCURSAL DO RIO
Integrante da CPI (Comissão
Parlamentar de Inquérito) da
Tortura que investiga a morte do
auxiliar de cozinha Antônio Gonçalves de Abreu, o deputado federal Magno Malta (PL-ES) disse
ontem que a comissão já concluiu
que pelo menos oito policiais federais se envolveram no espancamento da vítima na manhã de 7
de setembro, na Superintendência da PF (Polícia Federal) no Rio.
Abreu foi preso sob a acusação
de ter participado do assassinato
do policial federal Gustavo Mayer
Moreira. Horas depois da prisão,
ele deixou a superintendência
com traumatismo craniano.
Abreu morreu no dia 8.
Malta não citou nomes, mas
disse que, entre os envolvidos, estão os quatro policiais federais reconhecidos por foto pelo preso
Samuel Dias de Cerqueira, também acusado pela morte de Moreira. Os quatro foram citados na
CPI pelo delegado que estava de
plantão no dia 7, Marcelo Duval
Soares. Ele disse que os quatro
policiais entraram na carceragem
sem a sua autorização.
Hoje, o delegado que preside o
inquérito, Paulo Iung, apresentará 50 policiais federais para ser reconhecidos por Cerqueira e por
Márcio Cerqueira Gomes, outro
acusado pela morte do agente.
Sete agentes e dois delegados,
entre eles Soares, foram ouvidos
ontem por Iung. Segundo a PF,
cada um explicou como tudo
aconteceu. O deputado disse que
a CPI recebeu na segunda um ofício de Iung que informava que
ontem e hoje haveria as representações cênicas do espancamento.
Para ele, o adiamento da reconstituição prejudicará a conclusão do relatório da CPI. A PF
informou que a mudança se deveu a pedido de peritos do Instituto Nacional de Criminalística.
Eles alegaram precisar de mais
dados para realizar a encenação.
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