São Paulo, sexta-feira, 06 de dezembro de 2002

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

PANORÂMICA

PESQUISA

Número de residentes no interior aumentou mais do que o de moradores na capital
A população das capitais brasileiras cresceu, entre os anos de 1991 e 2000, num ritmo menor do que a do resto do país, segundo dados divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Entre 1991 e 2000, o número de pessoas que residem em capitais aumentou 1,60% e o de moradores residentes no interior subiu 1,66%, de acordo com o estudo de tendências demográficas realizado pelo IBGE a partir de dados do Censo.
Pela metodologia do IBGE, o conceito de interior agrupa o meio rural e o meio urbano -ou seja, tanto uma fazenda em Sertãozinho (SP) como o centro da cidade de Campinas, por exemplo.
O crescimento do interior foi consequência do comportamento do Sudeste de 1991 a 2000. Na região, a população do interior cresceu 1,89%. A das capitais, só 0,88%.
As demais regiões mantiveram a tendência de expansão maior nas capitais, diferentemente do Sudeste.
No Sul, a população das três capitais -Porto Alegre (RS), Curitiba (PR) e Florianópolis (SC)- aumentou 1,74%. A taxa supera os 1,38% registrados pelo interior dos três Estados.
O mesmo ocorreu no Nordeste: o crescimento das capitais ficou em 1,93%, enquanto que no interior foi de 1,15%.
No Norte, a distância é ainda maior: houve aumento de de 3,47% nas capitais, contra 2,61% no interior.
No Centro-Oeste, onde algumas capitais vivem grande expansão populacional, as taxas ficaram muito próximas. O número de residentes no interior da região ficou em 2,34%, ante 2,47% nas capitais.
O crescimento populacional das cidades do interior não quer dizer que o país está mais rural do que há uma década. O que ocorre é justamente o inverso: de 1991 a 2000, a população do meio rural caiu 1,31%, enquanto a dos centros urbanos cresceu 2,47%.
Em 1991, a população rural somava 24,41% do total. Em 2000, o percentual declinou para 18,75%. Nesse mesmo intervalo de tempo, o número de residentes nas áreas urbanas subiu de 75,59% para 81,25%.
Para o IBGE, a manutenção do processo de urbanização foi resultado de três fatores: o crescimento vegetativo das áreas urbanas, o movimento de migração rumo aos grandes centros e a mudança para urbanas de áreas antes consideradas rurais pelo Censo.
De acordo com o IBGE, o processo migratório vem ocorrendo de forma mais intensa dentro do próprio Estado. Rio e São Paulo, conhecidas por receber muitos migrantes, perderam espaço, diz o instituto.
(DA SUCURSAL DO RIO)


Texto Anterior: Morte na PF: Deputado diz que pelo menos oito policiais federais estão envolvidos
Próximo Texto: Rio: Desaparece testemunha de acusação em processo por homicídio contra Beira-Mar
Índice


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.