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Juiz proíbe filha de deixar o país
FABIANA CIMIERI
FERNANDA DA ESCÓSSIA
DA SUCURSAL DO RIO
O juiz da 2ª Vara da Infância e da
Juventude do Rio, Guaraci de
Campos Vianna, determinou, na
noite de ontem, que a filha mais
velha do casal Staheli, de 13 anos,
só pode deixar o Brasil com autorização judicial. O pedido foi feito
pelo delegado titular da 16ª Delegacia de Polícia, Marcus Henrique
Alves, que investiga o caso.
Horas antes, o advogado João
Mestieri, que acompanhou a menina e o filho de dez anos dos Staheli em seu depoimento na Justiça, dissera que as crianças não
iriam participar da reconstituição
do crime e que voltariam "brevemente" aos EUA. Ele rechaçou a
suspeita, levantada pela polícia,
de que o crime tenha tido a participação de alguém da família.
O depoimento foi acompanhado pelo pai de Todd Staheli e pelo
irmão de Michelle. Peritos e policiais civis e os dois agentes do FBI
(a polícia federal americana) que
acompanham a investigação foram impedidos de entrar na sala
pela juíza Maria Angélica Guedes,
do 4º Tribunal do Júri.
No depoimento das crianças
-que durou duas horas e meia e
não foi assistido pela imprensa-,
o filho de 10 anos disse que a machadinha encontrada na casa é
dele, não está com a lâmina afiada
e foi comprada na Escócia. Segundo relato da assessoria do Tribunal de Justiça, o menino disse que,
na véspera do crime, mostrou a
machadinha a amigos.
Em seu depoimento, Jeffrey
Turner, primeiro adulto a chegar
à casa após o crime, disse que viu
a machadinha, de manhã, num
canto do banheiro da filha mais
velha. Mais tarde, viu o objeto em
outra posição no mesmo local.
Tanto a filha mais velha quanto
o irmão disseram que, quando
Turner e sua mulher, Carolyn,
chegaram à casa, o portão estava
destrancado. Segundo a menina,
a mãe verificava, antes de dormir,
se estava tudo fechado.
Tanto a menina de 13 anos
quanto o garoto disseram que não
havia nem jóias nem dinheiro no
quarto do casal. A amiga Carolyn
afirmou que Michelle deixou todos os objetos de valor nos EUA.
Questionada se tinha namorado, a adolescente afirmou que
gosta de um garoto de 14 anos e
que acredita ser correspondida.
A jovem disse que, há cerca de
15 dias, sumiu da casa uma flauta,
de valor aproximado de US$ 200.
Segundo ela, a mãe desconfiava
da empregada.
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