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SAÚDE
Acusado de estelionato, Bruno Molinari faz greve de fome na prisão
Médico suspeito por morte de paciente é suspenso na Bahia
FERNANDA BASSETTE
DA REPORTAGEM LOCAL
O Conselho Regional de Medicina da Bahia suspendeu, por tempo indeterminado, o registro do
médico Bruno Molinari. Ele está
preso em São Paulo desde a semana passada sob acusação de estelionato e falsidade ideológica e
também responde a inquérito policial pela morte de uma paciente.
Na última sexta-feira, Molinari
também foi suspenso pelo conselho do Estado de São Paulo.
Ontem a Justiça paulista também negou os pedidos de liberdade provisória e relaxamento da
prisão em flagrante, feitos na semana passada pela defesa de Molinari. A advogada Ludimila de
Vasconcelos Leite Groch disse
que vai entrar com habeas corpus
no Tribunal de Justiça.
Molinari é acusado de se apropriar e de revender irregularmente medicamentos fornecidos pela
rede pública de saúde para tratamento de pacientes soropositivos
que sofrem de lipodistrofia (perda de massa muscular).
O médico também responde a
um inquérito pela morte da advogada e professora Silvana Maria
Turine Augusto, 37. Ela se submeteu a uma hidrolipoaspiração em
sua clínica em novembro e morreu de parada cardiorrespiratória.
Com a decisão do Conselho Regional de Medicina da Bahia (Cremeb), Molinari não pode exercer
a profissão nem em São Paulo
nem na Bahia, onde mantém uma
clínica em Salvador.
Assim como aconteceu em São
Paulo, a clínica baiana foi interditada pela Vigilância Sanitária Estadual por não possuir alvará sanitário de funcionamento e por
armazenar medicamentos com
prazo de validade vencidos.
Segundo Jorge Cerqueira, vice-presidente do Cremeb, Molinari é
o primeiro médico na história do
conselho baiano a receber a suspensão cautelar.
"Há fortes indícios de imprudência, negligência e imperícia.
Além disso, há fundado receio de
que ele poderia continuar causando lesões graves ou de difícil reparação antes do final do processo."
Até o mês passado Molinari tinha quatro investigações em andamento na Bahia. Ontem, segundo Cerqueira, eram sete.
Molinari entrou ontem no 5º
dia de greve de fome.
Colaborou a Agência Folha
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