São Paulo, terça-feira, 06 de dezembro de 2005

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OUTRO LADO

Para a defesa, não existem provas

DA REPORTAGEM LOCAL

O ex-delegado-geral Luiz Paulo Braga Braun disse à Folha que não participou diretamente do processo de licitação para a construção das delegacias e cadeias públicas do interior do Estado.
"As autorizações de pagamento de obras assinadas por mim tiveram como base laudos técnicos de engenheiros do Estado", disse.
O advogado Paulo Esteves, que defende Braun e o ex-delegado-geral Álvaro Luz Franco Pinto, informou que irá recorrer da sentença condenatória. "Em todos os processos em andamento há inexistência de provas", disse. Esteves lembrou que cerca de 40 casos já foram arquivados.
Os deputados federais Luiz Antonio Fleury Filho (PTB) e Michel Temer (PMDB) foram testemunhas de defesa de Braun e Pinto. Fleury era secretário da Segurança do governo Orestes Quércia (1986-1989). Temer assumiu o cargo quando Fleury foi eleito governador. Ambos tinham os réus como seus subordinados.
O delegado João Capezutti Neto negou as acusações e disse que irá recorrer. "Tenho quase 50 anos de carreira policial. Nunca tive nada que desabonasse a minha conduta profissional." Neto disse que todos os documentos tinham "presunção de legalidade", pois eram assinados por técnicos e engenheiros do Estado.
A Secretaria da Segurança, por meio de nota oficial, informou que a sentença será juntada ao procedimento administrativo na Corregedoria da Polícia Civil, mas não será aplicada a Via Rápida, na qual um policial pode ser demitido em pouco tempo. Isso porque a Via Rápida existe desde 2002 e o caso se refere a fatos de 1991.


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