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OUTRO LADO
Para a defesa, não existem provas
DA REPORTAGEM LOCAL
O ex-delegado-geral Luiz Paulo
Braga Braun disse à Folha que
não participou diretamente do
processo de licitação para a construção das delegacias e cadeias
públicas do interior do Estado.
"As autorizações de pagamento
de obras assinadas por mim tiveram como base laudos técnicos de
engenheiros do Estado", disse.
O advogado Paulo Esteves, que
defende Braun e o ex-delegado-geral Álvaro Luz Franco Pinto, informou que irá recorrer da sentença condenatória. "Em todos os
processos em andamento há inexistência de provas", disse. Esteves lembrou que cerca de 40 casos
já foram arquivados.
Os deputados federais Luiz Antonio Fleury Filho (PTB) e Michel
Temer (PMDB) foram testemunhas de defesa de Braun e Pinto.
Fleury era secretário da Segurança do governo Orestes Quércia
(1986-1989). Temer assumiu o
cargo quando Fleury foi eleito governador. Ambos tinham os réus
como seus subordinados.
O delegado João Capezutti Neto
negou as acusações e disse que irá
recorrer. "Tenho quase 50 anos de
carreira policial. Nunca tive nada
que desabonasse a minha conduta profissional." Neto disse que
todos os documentos tinham
"presunção de legalidade", pois
eram assinados por técnicos e engenheiros do Estado.
A Secretaria da Segurança, por
meio de nota oficial, informou
que a sentença será juntada ao
procedimento administrativo na
Corregedoria da Polícia Civil, mas
não será aplicada a Via Rápida, na
qual um policial pode ser demitido em pouco tempo. Isso porque
a Via Rápida existe desde 2002 e o
caso se refere a fatos de 1991.
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