São Paulo, terça-feira, 06 de dezembro de 2005

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SEM LINHA

Setor é o pior pelo 6º ano seguido em SP; clubes de lazer vêm em seguida

Telefone fixo lidera em reclamações

LARISSA GUIMARÃES
DO "AGORA"

Pelo sexto ano consecutivo, a área de telefonia fixa ocupa o primeiro lugar nas reclamações recebidas pelo Procon no Estado de São Paulo. De janeiro a novembro deste ano, essas empresas foram as responsáveis por 2.585 queixas, de acordo com o balanço divulgando ontem pela instituição.
A lista é apresentada por setor produtivo, no qual são reunidas as críticas que o Procon recebeu contra as empresas da área.
São computadas pelo órgão as chamadas reclamações abertas, que podem ter sido concluídas ou estejam em análise. É a primeira vez que o órgão divulga o balanço de 11 meses. Em março deve ser anunciada a lista com o nome das empresas mais criticadas.
O setor que surpreendeu na lista foi o de clubes de lazer. Em segundo lugar no geral, foi o responsável por 2.168 reclamações nos 11 últimos meses. A maioria das queixas, como no setor de telefonia, foi apresentada em decorrência de cobranças consideradas abusivas (1.827).
"Nunca recebemos tantas queixas de clubes de lazer. E, em geral, os relatos dos consumidores são os mesmos: são clubes cobrando taxas antigas, de a 10 a 20 anos atrás", disse Selma do Amaral, assistente de direção do órgão.
Outro setor que aparece com freqüência é o de telefonia móvel, terceira área com mais queixas no balanço. O órgão recebeu 2.098 reclamações, mais da metade (1.027) por cobrança abusiva.
O setor de telefonia - incluindo fixa, móvel e aparelhos- chegou a representar 39% das queixas recebidas pelo Procon-SP, no cadastro anual de 2004, apresentado em março deste ano.
O quarto lugar do balanço, com 1.110 queixas, foi dos cartões de crédito -tanto de loja como de bandeira. Os bancos vem em seguida, com 941 registros. Ambas as áreas concentraram as queixas por cobrança abusiva.
Aparelhos de telefone, planos de saúde, energia elétrica, cursos livres e veículos também figuraram no ranking.
O número de reclamações recebidas neste ano deve ficar próximo ao de 2004, quando 17.658 queixas chegaram ao órgão de defesa do consumidor (são 1.471,5 por mês). De janeiro a novembro deste ano, 16.604 reclamações foram recebidas, média de 1.509,4 em cada um dos 11 meses.

Dicas para fazer a queixa
O primeiro passo para fazer uma reclamação, segundo o Procon-SP, é entrar em contato com o fornecedor ou prestador de serviço. "É preciso documentar a reclamação na empresa", diz Selma do Amaral. Se o consumidor não conseguir resposta satisfatória, ele deve procurar o Procon.
Para evitar problemas, o consumidor pode consultar o cadastro de reclamações na página do Procon (www.procon.sp.gov.br), que traz o ranking das empresas com mais queixas. Por esse cadastro é possível saber quantas reclamações foram resolvidas.


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