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SEM LINHA
Setor é o pior pelo 6º ano seguido em SP; clubes de lazer vêm em seguida
Telefone fixo lidera em reclamações
LARISSA GUIMARÃES
DO "AGORA"
Pelo sexto ano consecutivo, a
área de telefonia fixa ocupa o primeiro lugar nas reclamações recebidas pelo Procon no Estado de
São Paulo. De janeiro a novembro
deste ano, essas empresas foram
as responsáveis por 2.585 queixas,
de acordo com o balanço divulgando ontem pela instituição.
A lista é apresentada por setor
produtivo, no qual são reunidas
as críticas que o Procon recebeu
contra as empresas da área.
São computadas pelo órgão as
chamadas reclamações abertas,
que podem ter sido concluídas ou
estejam em análise. É a primeira
vez que o órgão divulga o balanço
de 11 meses. Em março deve ser
anunciada a lista com o nome das
empresas mais criticadas.
O setor que surpreendeu na lista
foi o de clubes de lazer. Em segundo lugar no geral, foi o responsável por 2.168 reclamações nos 11
últimos meses. A maioria das
queixas, como no setor de telefonia, foi apresentada em decorrência de cobranças consideradas
abusivas (1.827).
"Nunca recebemos tantas queixas de clubes de lazer. E, em geral,
os relatos dos consumidores são
os mesmos: são clubes cobrando
taxas antigas, de a 10 a 20 anos
atrás", disse Selma do Amaral, assistente de direção do órgão.
Outro setor que aparece com
freqüência é o de telefonia móvel,
terceira área com mais queixas no
balanço. O órgão recebeu 2.098
reclamações, mais da metade
(1.027) por cobrança abusiva.
O setor de telefonia - incluindo fixa, móvel e aparelhos- chegou a representar 39% das queixas recebidas pelo Procon-SP, no
cadastro anual de 2004, apresentado em março deste ano.
O quarto lugar do balanço, com
1.110 queixas, foi dos cartões de
crédito -tanto de loja como de
bandeira. Os bancos vem em seguida, com 941 registros. Ambas
as áreas concentraram as queixas
por cobrança abusiva.
Aparelhos de telefone, planos
de saúde, energia elétrica, cursos
livres e veículos também figuraram no ranking.
O número de reclamações recebidas neste ano deve ficar próximo ao de 2004, quando 17.658
queixas chegaram ao órgão de defesa do consumidor (são 1.471,5
por mês). De janeiro a novembro
deste ano, 16.604 reclamações foram recebidas, média de 1.509,4
em cada um dos 11 meses.
Dicas para fazer a queixa
O primeiro passo para fazer
uma reclamação, segundo o Procon-SP, é entrar em contato com
o fornecedor ou prestador de serviço. "É preciso documentar a reclamação na empresa", diz Selma
do Amaral. Se o consumidor não
conseguir resposta satisfatória, ele
deve procurar o Procon.
Para evitar problemas, o consumidor pode consultar o cadastro
de reclamações na página do Procon (www.procon.sp.gov.br),
que traz o ranking das empresas
com mais queixas. Por esse cadastro é possível saber quantas reclamações foram resolvidas.
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