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Periferia atrai novos ocupantes
DA REPORTAGEM LOCAL
Dados da Seade (Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados) mostram que, entre 1994 e
1998, aumentou em 47% o número de famílias faveladas na cidade
de São Paulo. Em 1993, quando a
prefeitura fez o censo das favelas,
38,7% das famílias entrevistadas
admitiram ter trocado o aluguel
pela posse de um barraco.
O Mapa da Exclusão Social, feito pela PUC-SP (Pontifícia Universidade Católica de São Paulo),
divulgado em setembro passado,
mostra o esvaziamento das áreas
mais organizadas da cidade em
direção à periferia.
Entre 91 e 96, houve um aumento de 470 mil habitantes nos 53
distritos da cidade onde a qualidade de vida piorou. Nos 37 distritos onde a situação social melhorou, de acordo com o levantamento da universidade, houve
uma redução de 260 mil moradores no período. Nessas áreas, a população diminuiu de 3,09 milhões
em 91 para 2,83 milhões em 96.
Qualidade de vida
Nos seis distritos onde a qualidade de vida dos moradores permaneceu estável, os números de
população são 576 mil (em 1991) e
558 (em 1996). Nesse período, o
número de habitantes do município de São Paulo cresceu de 9,65
milhões para 9,84 milhões.
O processo de favelização está
diretamente relacionado ao desemprego. De 1994 a 1998, quando houve um inchaço de 47% na
ocupação das favelas, o desemprego aumentou de 14,6% para
17,3%, como mostra a Pesquisa
Nacional por Amostras de Domicílio, do IBGE.
(GABRIELA ATHIAS)
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