São Paulo, domingo, 07 de janeiro de 2001

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Periferia atrai novos ocupantes

DA REPORTAGEM LOCAL

Dados da Seade (Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados) mostram que, entre 1994 e 1998, aumentou em 47% o número de famílias faveladas na cidade de São Paulo. Em 1993, quando a prefeitura fez o censo das favelas, 38,7% das famílias entrevistadas admitiram ter trocado o aluguel pela posse de um barraco.
O Mapa da Exclusão Social, feito pela PUC-SP (Pontifícia Universidade Católica de São Paulo), divulgado em setembro passado, mostra o esvaziamento das áreas mais organizadas da cidade em direção à periferia.
Entre 91 e 96, houve um aumento de 470 mil habitantes nos 53 distritos da cidade onde a qualidade de vida piorou. Nos 37 distritos onde a situação social melhorou, de acordo com o levantamento da universidade, houve uma redução de 260 mil moradores no período. Nessas áreas, a população diminuiu de 3,09 milhões em 91 para 2,83 milhões em 96.

Qualidade de vida
Nos seis distritos onde a qualidade de vida dos moradores permaneceu estável, os números de população são 576 mil (em 1991) e 558 (em 1996). Nesse período, o número de habitantes do município de São Paulo cresceu de 9,65 milhões para 9,84 milhões.
O processo de favelização está diretamente relacionado ao desemprego. De 1994 a 1998, quando houve um inchaço de 47% na ocupação das favelas, o desemprego aumentou de 14,6% para 17,3%, como mostra a Pesquisa Nacional por Amostras de Domicílio, do IBGE.
(GABRIELA ATHIAS)


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