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EDUCAÇÃO
Reitor quer trazer estudantes das regiões Norte e Nordeste
Unicamp faz versão regional
do `Universidade Solidária'
MARCELO BARTOLOMEI
da Folha Campinas
A Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) vai criar em
agosto uma versão regional do
programa ``Universidade Solidária'', enviando estudantes para regiões mais carentes do Estado.
O programa original, criado por
uma parceria entre o Conselho Comunidade Solidária -presidido
pela primeira-dama, Ruth Cardoso-, o Crub (Conselho de Reitores das Universidades Brasileiras)
e o Ministério da Educação, enviou este ano 770 universitários a
74 municípios das regiões Norte e
Nordeste do país.
O reitor da Unicamp, José Martins Filho, 53, disse que vai propor
a regionalização para incentivar o
estudo de regiões mais próximas
da capital paulista.
``Tem gente que não conhece o
Vale do Ribeira nem o Pontal do
Paranapanema, áreas que também
mostram a realidade nacional.''
Martins Filho se encontrou ontem com os estudantes que passaram três semanas em Iranduba, no
Amazonas, pelo ``Universidade
Solidária''. Este ano, 14 alunos da
universidade participaram do programa. Dez deles foram registrados pelo Ministério da Educação e
do Desporto e outros quatro financiaram a própria viagem.
Motivo
O reitor da Unicamp afirmou
que o projeto vai implantar um
processo de ``redescoberta do
país'' com participação voluntária
de universitários.
``Como no próprio `Universidade Solidária', vamos fazer avaliações constantes para ver se o programa vai dar resultados práticos
para as comunidades visitadas.''
Segundo Martins Filho, a Unicamp realiza o mesmo tipo de parceria do ``Universidade Solidária''
com dois assentamentos de
sem-teto de Sumaré (130 km a noroeste de São Paulo).
``É um esquema de cooperativa,
mas lá o trabalho não é voluntário,
é encarado pelos estudantes como
parte do currículo'', afirmou.
Martins Filho, que também é
presidente do Crub, anunciou que
vai propor uma modificação no
programa ``Universidade Solidária''.
Ele pretende trazer estudantes
das regiões Norte e Nordeste para
conhecer a região Sul. ``Nós temos
a visão que lá é carente, mas eles
não têm noção de como é aqui, que
também tem problemas'', disse.
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