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Polícia acha droga com marca do PCC
DA REPORTAGEM LOCAL
A polícia de São Paulo apreendeu cerca de 20 kg de maconha
com identificação do PCC (Primeiro Comando da Capital) em
uma favela na zona sul da capital.
A droga foi encontrada anteontem à noite na avenida Washington Luiz, em frente à favela Buraco Quente, no Campo Belo.
Policiais militares desconfiaram
de uma mulher que carregava
uma bolsa de viagem e a abordaram assim que ela saiu de um táxi.
Na bolsa, os PMs afirmam ter
encontrado, além dos tijolos de
maconha, uma cópia do estatuto
do PCC, em folha reduzida como
um panfleto, com espaço reservado para o preenchimento do nome do batizado -a pessoa que
entra para a facção- e do seu padrinho -o preso da organização
que o apresenta ao grupo.
A promotora de vendas Michella Godoy Silva, 25, foi autuada em
flagrante por tráfico no Denarc
(Departamento Estadual de Investigações sobre Entorpecente).
Na ação, a polícia prendeu ainda W.P.S., 16. O garoto receberia
R$ 10 para levar a droga do ponto
de táxi até um orelhão perto dali.
O adolescente afirma ter abandonado a casa da mãe há três meses, depois que ela arrumou um
namorado. Desde então, vive na
favela com um dos quatro irmãos,
de 14 anos. ""A gente vive pedindo
dinheiro nos cruzamentos", diz.
Michella não quis dar entrevista. A polícia informou que seu
marido está preso em Getulina.
O adolescente foi encaminhado
para uma unidade da Febem.
De acordo com o Denarc, o estatuto colocado com a droga na bolsa pode servir como um tipo de
etiqueta do PCC, uma identificação de quem é o produto.
Cocaína
Anteontem à noite, policiais do
Denarc prenderam a dona-de-casa Maura da Cruz Silva, 33, com
9,5 kg de cocaína escondida dentro de uma mochila.
A prisão aconteceu no metrô
Santa Cecília, no centro de São
Paulo. Ela teria trazido a droga da
zona leste da capital.
De acordo com a polícia, a dona-de-casa assumiu a venda de
drogas na região do Itaim Paulista
depois que o marido foi preso, há
três anos. Por mês, venderia cerca
de 50 kg de cocaína, conforme estimativa do Denarc.
Silva negou traficar drogas. Disse à Folha que receberia R$ 2.000
de um desconhecido para fazer a
entrega em Santa Cecília. ""Fiz isso
por necessidade, por estar desempregada", afirmou ela, que trabalhava como doméstica.
Desde a prisão do marido, ela
afirma que sustenta sozinha a filha de 12 anos e que paga aluguel
de uma casa. ""Já catei até latinha
na rua", disse.
Silva irá responder a inquérito
por tráfico de drogas e pode pegar
de três a 15 anos de prisão.
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