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Prefeita diz que 21 mil pessoas foram atingidas
DA REPORTAGEM LOCAL
Depois de uma reunião de duas
horas e meia com todo o seu secretariado para discutir a questão
das chuvas, a prefeita Marta Suplicy (PT) falou que 21 mil pessoas foram atingidas pelas enchentes dos últimos dias na cidade. De acordo com Marta, todas
as famílias afetadas já foram ajudadas pela prefeitura.
A petista anunciou que deslocará R$ 2,9 milhões das verbas do
Orçamento municipal para atender às áreas de risco, mas não explicou de onde sairá o dinheiro.
Na reunião com o secretariado,
a prefeita ouviu relatos de como
estão as áreas. Marta enviou 11
dos 21 secretários para as 11 subprefeituras mais atingidas pelas
chuvas. Nos locais, cada um ouviu
do subprefeito e dos coordenadores da região como estava a situação e quais eram os principais
problemas da área.
Secretários nas ruas
Os secretários chegaram nas
subprefeituras por volta das 14h e
só apareceram na nova sede da
prefeitura, no viaduto do Chá, às
18h, quando começou a reunião,
que se estendeu até as 20h30.
Hoje a prefeitura começa a distribuir aos moradores as doações
recebidas. "Tudo foi bem, até foi
muito bem. As pessoas se desdobraram", disse a prefeita. De acordo com Marta, "as pessoas estão
assistidas no básico".
A prefeita disse que a distribuição das doações será coordenada
pela secretária da Assistência Social, Aldaíza Sposati, com a participação da sociedade civil, por
meio de moradores e de lideranças das áreas atingidas.
"Não quero que tenha bandalheira nisso, não quero que entre
lugar que não foi inundado, como
também não quero deixar de fora
lugar que foi inundado", afirmou.
Durante o dia, houve rumores de
que o ex-secretário das Subprefeituras Antônio Donato, que é candidato a vereador nas eleições
deste ano, participaria das ações
de distribuição das doações.
"Madrasta natureza"
Marta afirmou que, mesmo se
todas as obras tivessem sido realizadas, a infra-estrutura não teria
dado conta da água, em razão da
magnitude do temporal. "Podíamos ter a obra que quiséssemos,
que não ia ter jeito. Aí a mãe natureza não foi mãe, foi madrasta",
disse a petista.
A prefeita culpou também a histórica "carência de infra-estrutura" da cidade e o alto grau de impermeabilização do solo. "A primeira coisa que as pessoas fazem
quando compram sua casinha é
cimentar o terreno todo. A cidade
não tem nenhum lugar de absorção das chuvas. É uma questão de
cultura, as leis que vão reagir a isso só foram feitas neste governo."
A petista exaltou as ações de sua
gestão, que fez um mapeamento
das áreas de risco da cidade e, segundo ela, retirou 16 mil pessoas
desses locais ao longo dos últimos
três anos. "Mas ainda tem muita
gente [em áreas de risco], não estamos livres [de uma tragédia] se
houver outra chuvarada igual",
afirmou Marta.
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