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Empresa mais afetada, Ocean Air critica decisão "absurda" e espera liberação hoje
PAULO DE ARAUJO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
A Ocean Air espera que a decisão da Justiça de proibir três
modelos de aeronaves de operar na pista principal do aeroporto de Congonhas seja revertida ainda hoje. Com metade de
sua frota composta por aviões
Fokker-100 (um dos vetados), a
Ocean Air é a empresa mais afetada pela determinação.
A companhia aérea não deixou de vender passagens nem
informou os passageiros sobre
a proibição porque considera
que a medida será revogada.
Caso seja mantida, no entanto,
a proibição começará a valer a
partir de amanhã.
O presidente do Grupo Sinergy -controlador da Ocean
Air-, German Efromovich,
classificou ontem de "absurda"
a decisão do juiz Ronald Carvalho Filho, da Justiça Federal de
São Paulo. "Se um juiz se coloca
no direito de dar um laudo técnico, acaba se equivocando.
Aparentemente ele colheu informações de várias fontes e
concluiu o que pode e o que não
pode. Ele está enganado."
A linha de argumento da
Ocean Air é que o Fokker-100
precisa de 900 metros de pista
seca ou de 1.035 metros em solo
molhado para aterrissar com
segurança. A extensão da pista
principal do aeroporto de Congonhas é de 1.940 metros.
"Ou seja, as operações estão
sendo feitas em segurança",
afirma Efromovich.
A Ocean Air tem 28 "slots"
(espaços de pouso e decolagem) no aeroporto de Congonhas diariamente, dos quais
90%, segundo Efromovich, são
para as aeronaves Fokker-100.
O presidente do Grupo Sinergy disse que, se a decisão
perdurar, "2.500 pessoas terão
de ir para a rua". Afirmou também que, sem Congonhas, "as
operações da Ocean Air não fazem sentido", pois seria inviável transferir todos os seus vôos
para outro aeroporto.
De uma frota total de 20 aeronaves, a Ocean Air opera com
dez Fokker-100.
Outras empresas
Dos 65 aviões operados pela
Gol, 51 são dos modelos 737-700 e 737-800, também proibidos de usar a pista principal de
Congonhas. A TAM opera 21
Fokker-100, em uma frota
composta por 98 aeronaves.
Nenhuma das companhias se
pronunciou sobre a decisão da
Justiça. A Varig e a BRA não foram afetadas, já que não trabalham com os modelos barrados
no aeroporto paulistano.
O Snea (Sindicato Nacional
das Empresas Aeroviárias) preferiu não se manifestar.
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