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INVESTIGAÇÃO
Mellão foi detido em março por extorsão
Preso, ex-presidente da Câmara de SP agora é acusado de assassinato
DA REPORTAGEM LOCAL
O ex-presidente da Câmara
Municipal de São Paulo Armando
Mellão Neto, preso desde o dia 19
de março sob acusação de extorsão, é suspeito agora de ter ordenado um assassinato.
A nova acusação surgiu depois
de um depoimento feito pelo ex-deputado estadual Reynaldo de
Barros Filho (PP), vítima da extorsão de Mellão, à Polícia Federal. Segundo a denúncia, Mellão
determinou o assassinato do comerciante José Félix da Silva, o
Zuza, em novembro de 2000.
Zuza era um dos personagens
do escândalo que ficou conhecido
como máfia dos fiscais, em que
funcionários das então administrações regionais cobravam propina de comerciantes e camelôs
para entregar a vereadores.
Segundo investigações da época, Zuza trocava cheques de propina de camelôs a pedido de um
funcionário de Mellão. Quando
parou de receber, denunciou o esquema. Testemunhas agora
apontam Mellão e seu então chefe
de gabinete, Marcos Feliciano de
Oliveira, o Capacete, como mandantes do crime. Zuza foi morto
com 11 tiros, no dia em que assinou uma intimação para depor.
O promotor Marcelo Milani
disse que a acusação mostra que
"se tratava realmente de uma máfia, já que ordenaram até um assassinato". Segundo a Folha apurou, pode haver novas acusações
contra o ex-vereador.
Depois que a denúncia foi veiculada no "Jornal Nacional", da
TV Globo, a Folha procurou a defesa do ex-vereador, que não respondeu ao recado deixado no celular. Ao "JN", o advogado Paulo
Cunha Bueno negou o envolvimento de seu cliente.
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