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Médicos e ONGs divergem sobre uso dos exames
DA REPORTAGEM LOCAL
Médicos e representantes de
ONGs (organizações não-governamentais) de prevenção e
combate à Aids ouvidos pela
Folha divergem sobre a pertinência e os possíveis resultados
da aplicação em larga escala de
exames de detecção da doença.
Para o integrante do grupo
Pela Vidda-SP (Pela Valorização, Integração e Dignidade do
Doente de Aids) Mário Scheffer, "qualquer iniciativa que visa ampliar o teste da população
é bem-vinda", pois "um dos
maiores problemas é que muitos pacientes chegam ao serviço de saúde já com sintomas".
O infectologista Caio Rosenthal é outro entusiasta. "Outras
doenças, como sífilis, também
poderiam ter mutirões."
Já o presidente do Gapa-SP
(Grupo de Apoio à Prevenção à
Aids), José Carlos Veloso, desaprova o que chama de "maneira banal" de oferecer o teste.
Para ele, é preciso garantir que
as pessoas que fazem o exame
sejam previamente sensibilizadas acerca do significado do
procedimento e da própria
doença. "A Aids ainda traz
uma forte carga de preconceitos e tabus", justifica.
(LUCAS NEVES)
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