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São Paulo, quarta-feira, 07 de maio de 2003

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Universidade afirma que fecha de imediato se o tráfico mandar

TALITA FIGUEIREDO
FREE-LANCE PARA A FOLHA

Na frente do secretário de Segurança Pública do Estado do Rio, Anthony Garotinho, o chanceler da Universidade Estácio de Sá, o ex-senador Artur da Távola, afirmou ontem que fecha a universidade imediatamente caso o tráfico dê novamente a ordem.
Anteontem, dentro do campus do Rio Comprido (zona norte), a estudante Luciana Gonçalves Novaes, 19, foi baleada no rosto e está internada em estado grave.
Logo depois de o secretário ter anunciado uma ação policial para aumentar a segurança da área, Távola não titubeou ao ser questionado se fecharia o campus.
"Fecho. Não acredito que venha [a ordem de fechamento pelo tráfico], pelo aparato [policial] montado. Agora, se a ousadia chegar a esse ponto, não podemos submeter os alunos a um risco dessa ordem", disse o chanceler.
Garotinho nada disse ao ouvir a declaração de Távola. Ao ser questionado sobre o assunto, ele desconversou. "Eu completo no dia de hoje uma semana à frente da secretaria. Não vamos resolver tudo de uma hora para outra, é uma situação muito complexa."
Segundo Távola, a PM é criticada no bilhete supostamente escrito por traficantes do morro do Turano (de onde partiu o tiro). "Dizia que a PM entra lá [no morro" para matar as pessoas e que por essa razão haveria uma manifestação de repúdio", disse.
O Turano está ocupado por tempo indeterminado por 200 policiais militares.

Niterói
O advogado Luiz Otávio Amaral, 47, foi assassinado a tiros no início da noite de ontem a 100 m do campus da Estácio de Sá no centro de Niterói (15 km do Rio).
Segundo a PM, ele estava em um Siena quando dois encapuzados passaram em uma moto.


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