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Fita mostra ameaça de traficante contra uma faculdade carioca
DA SUCURSAL DO RIO
DA REPORTAGEM LOCAL
Escutas telefônicas realizadas
pela polícia de São Paulo, em julho e agosto do ano passado, revelam conversas entre traficantes
cariocas fazendo ameaças contra
uma faculdade. Policiais acreditam que o alvo citado poderia ser
a Universidade Estácio de Sá, que
foi atingida com vários tiros de fuzil anteontem.
As escutas foram feitas pelo Denarc (Departamento de Investigações sobre Narcóticos) de São
Paulo a pedido da polícia carioca.
Na época, o traficante conhecido
como Barbosinha, um dos chefes
do tráfico no morro do Turano,
estava foragido em São Paulo por
causa de um mandado de prisão
da Justiça do Rio.
De julho a agosto, policiais do
Denarc fizeram escutas telefônicas para tentar armar uma armadilha e prender o traficante, que
falava com um comparsa no Rio.
Mas ele trocou de celular no meio
da operação. Depois, o mandado
de prisão foi revogado.
Nas fitas, divulgadas ontem pelo jornal "Extra", do Rio, Barbosinha reclama da ação de PMs no
morro e avisa que poderia "jogar
uma bomba dentro da faculdade"
em represália. Ele não cita o nome
da faculdade nas gravações.
O Denarc encaminhou o material para a polícia carioca. Ontem,
por ordem do secretário de Segurança Pública do Estado do Rio,
Anthony Garotinho, a Polícia Civil afastou o inspetor Alcides
Campos Sodré Ferreira.
De acordo com a secretaria, Ferreira havia recebido da polícia
paulista, em novembro, fitas com
as conversas dos traficantes.
Ele foi afastado sob a acusação
de que não teria informado o comando da Polícia Civil carioca sobre o teor das gravações.
A secretaria informou que abrirá uma sindicância. A Folha não
conseguiu falar com Ferreira ontem à noite.
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