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Investigação teve duração de 1 ano
DA REPORTAGEM LOCAL
Um jipe Cherokee sai da garagem de uma casa. Pelo rádio, um
agente avisa que o alvo está em
movimento. O vidro escuro não
permite ver quem dirige.
À frente, oito minutos dali, dez
policiais com fuzis e pistolas usam
carros para interditar a estrada
que leva à capital.
Perto das 8h, horário local, 9h
no Brasil, o jipe é parado. Rapidamente, Claudair Lopes de Faria é
algemado. "Qué pasa? Qué pasa?", pergunta.
Ele só volta a falar em português
quando o delegado do Denarc
João Carlos dos Santos, 44, identifica-se.
Era o fim de um ano de investigação. "Não podíamos errar o bote, porque ele sumiria", diz o delegado Santos.
Em setembro do ano passado,
CL escapou de ser preso porque,
no dia da ação, foi a um motel
com a mulher.
Por meses, os policiais rastrearam as ligações do traficante, que
neste ano passaram a ser feitas do
Paraguai. Há duas semanas, o delegado e um investigador do Denarc se encontraram com representantes da Senad em Ciudad del
Este, na divisa com Foz do Iguaçu.
Acertados os detalhes, viajaram
para Assunção. Dois agentes da
secretaria passaram a ajudá-los.
Receberam um carro do governo
paraguaio.
Assim que a prisão foi feita, o
Ministério Público paraguaio intercedeu em favor da imediata retirada de CL do país.
De volta ao Brasil, quatro advogados acompanharam o depoimento do traficante ao delegado
Pedro Luiz Pórrio, no Denarc.
CL disse só que falará em juízo
sobre as acusações.
Além do crime de tráfico de
drogas, ele é acusado de lavagem
de dinheiro, facilitação de fuga
-dos 106 detentos que escaparam da Casa de Detenção de São
Paulo por um túnel, em 2001-,
sequestro e homicídio.
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