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São Paulo, sábado, 07 de junho de 2003

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Investigação teve duração de 1 ano

DA REPORTAGEM LOCAL

Um jipe Cherokee sai da garagem de uma casa. Pelo rádio, um agente avisa que o alvo está em movimento. O vidro escuro não permite ver quem dirige.
À frente, oito minutos dali, dez policiais com fuzis e pistolas usam carros para interditar a estrada que leva à capital.
Perto das 8h, horário local, 9h no Brasil, o jipe é parado. Rapidamente, Claudair Lopes de Faria é algemado. "Qué pasa? Qué pasa?", pergunta.
Ele só volta a falar em português quando o delegado do Denarc João Carlos dos Santos, 44, identifica-se.
Era o fim de um ano de investigação. "Não podíamos errar o bote, porque ele sumiria", diz o delegado Santos.
Em setembro do ano passado, CL escapou de ser preso porque, no dia da ação, foi a um motel com a mulher.
Por meses, os policiais rastrearam as ligações do traficante, que neste ano passaram a ser feitas do Paraguai. Há duas semanas, o delegado e um investigador do Denarc se encontraram com representantes da Senad em Ciudad del Este, na divisa com Foz do Iguaçu.
Acertados os detalhes, viajaram para Assunção. Dois agentes da secretaria passaram a ajudá-los. Receberam um carro do governo paraguaio.
Assim que a prisão foi feita, o Ministério Público paraguaio intercedeu em favor da imediata retirada de CL do país.
De volta ao Brasil, quatro advogados acompanharam o depoimento do traficante ao delegado Pedro Luiz Pórrio, no Denarc.
CL disse só que falará em juízo sobre as acusações.
Além do crime de tráfico de drogas, ele é acusado de lavagem de dinheiro, facilitação de fuga -dos 106 detentos que escaparam da Casa de Detenção de São Paulo por um túnel, em 2001-, sequestro e homicídio.


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