São Paulo, quinta-feira, 07 de junho de 2007

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Justiça liberta 3 acusados de seqüestrar equipe de TV

Eles teriam participado do seqüestro do repórter da Globo Guilherme Portanova

Um dos motivos citados no despacho pelo juiz é o fato de o laudo com a transcrição das conversas telefônicas não ter sido concluído


KLEBER TOMAZ
DA REPORTAGEM LOCAL

A Justiça de São Paulo determinou a libertação de três pessoas acusadas de participar do seqüestro do jornalista Guilherme Portanova e do auxiliar-técnico Alexandre Calado, ambos da TV Globo, entre 12 e 14 de agosto de 2006.
O ex-policial Ivan Raymondi Barbosa, presidente da ONG Nova Ordem -que atua em presídios paulistas-, Simone Barbaresco, funcionária da entidade, e Anderson Luiz de Jesus, denunciados pelo Ministério Público Estadual por dar apoio logístico ao seqüestro, foram soltos na última terça.
Os três vão responder ao processo em liberdade. Estavam presos desde janeiro. Barbosa ficou no 8º Distrito Policial, no Brás (centro), Barbaresco, no presídio feminino de Taubaté (130 km de SP) e Jesus, no CDP (Centro de Detenção Provisória) Belém (zona leste).
A decisão de soltar os acusados foi do juiz titular da 7ª Vara Criminal Central de São Paulo, Djalma Rubens Lofrano Filho, após analisar um pedido da defesa dos réus que teve a concordância da Promotoria.
No seu despacho, o juiz apontou três motivos para revogar a prisão: 1) o fato de terem sido presos preventivamente há mais de quatro meses; 2) o laudo com a transcrição das conversas telefônicas que poderiam incriminá-los não ficou pronto; e 3) o processo ainda está na fase de instrução, ou seja, novas provas de acusação e defesa deverão ser produzidas.
Barbosa e Jesus respondem por crimes de formação de quadrilha, furto e extorsão mediante seqüestro. Barbaresco está sendo processada por formação de quadrilha.
Portanova e Calado foram levados pelo PCC (Primeiro Comando da Capital) e soltos em troca da exibição pela Globo de um vídeo da facção criminosa.
Douglas de Moraes e Luciano José da Silva, presos em 2006 sob acusação de ligação com o seqüestro também teriam sido soltos anteontem pela Justiça. Nenhum órgão oficial confirma a versão.


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