São Paulo, terça-feira, 07 de junho de 2011

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ROSINERY MELLO DO NASCIMENTO BARCELOS DA SILVA (1965-2011)

A fogueteira do Maracanã

LUIZA SOUTO
DO RIO

O relógio marcava 24 minutos do segundo tempo, e o Brasil vencia o Chile por 1 a 0 no Maracanã. Era setembro de 1989. As equipes disputavam uma vaga para a Copa de 90, na Itália. De repente, fumaça no campo, e o goleiro chileno Roberto Rojas caído.
"Quando vi a fumaça perto do goleiro, não entendi nada. Depois que eu soube que tinham jogado um sinalizador. Nem acreditei que uma mulher tinha feito aquilo", disse à Folha o jogador Careca, que marcou o gol do Brasil.
Rosinery Mello do Nascimento Barcelos da Silva, na época com 24 anos, transformou-se naquele momento na "fogueteira do Maracanã".
A atitude impensada custou a carreira de Rojas, do técnico Osvaldo Aravena, do médico Daniel Rodríguez e do dirigente Sergio Stoppel. Isso porque Rojas simulou, com o apoio da equipe, que havia sido atingido.
Descoberta a farsa do goleiro, o Chile ficou fora das Copas de 90 e de 94. Presa por 24h, Rosinery recebeu um convite para posar para a capa da "Playboy". Recebeu US$ 40 mil de cachê.
Aos 45 anos e mãe de três filhos, morreu no sábado, após aneurisma cerebral. Nos últimos anos, vivia em Araruama (RJ), onde era dona de um bar.

coluna.obituario@uol.com.br


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