São Paulo, segunda, 7 de julho de 1997.



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Captação terá novo sistema

especial para a Folha

Em 60 dias, todo o sistema de captação de órgãos será modificado. A principal alteração será a criação de Organizações de Procura de Órgãos (OPOs), uma proposta feita pela Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos.
"Cerca de 60 transplantadores reuniram-se e apresentaram um documento com sugestões para melhorar o sistema", disse Maria Cecília Correa, chefe de gabinete da Secretaria de Estado da Saúde.
"Incorporamos praticamente tudo", acrescentou. "Eles não queriam a lista única, mas precisamos nos compatibilizar com a legislação em vigor."
O sistema de captação inclui a identificação do paciente com morte cerebral, a confirmação da morte, os exames para verificar se de fato existe um doador em potencial e a retirada de órgãos.
"Atualmente, quem faz isso é a Central de Transplantes. Daqui a dois meses, a captação será feita pelas OPOs, que terão uma área geográfica definida", explicou ela.
"Todos os hospitais que estiverem na região terão o cuidado de verificar as mortes cerebrais."
As OPOs também farão o treinamento de pessoal, realizar palestras e trabalhos educativos para aumentar o número de doações.
Além disso, serão responsáveis pela manutenção do paciente que está em morte cerebral. O sistema, inspirado nos EUA, prevê um maior controle das notificações das mortes cerebrais, para tentar garantir a todos, igualmente, o acesso ao transplante. (HN)



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