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Em 2002, dois foram resgatados em Guarulhos
DA REDAÇÃO
Por volta das 13h de 17 de janeiro de 2002, o Estado de São Paulo
registrou pela primeira vez um
resgate de presos com o auxílio de
um helicóptero. O município foi o
mesmo da ação ocorrida ontem,
Guarulhos, na Grande São Paulo.
A tática também foi a mesma.
Duas pessoas alugaram um helicóptero no Campo de Marte (zona norte de São Paulo), alegando
que queriam fazer um vôo panorâmico sobre a capital. Já no ar,
renderam o piloto e o obrigaram a
desviar para a penitenciária José
Parada Neto, às margens da rodovia Ayrton Senna, em Guarulhos.
O presídio fica ao lado da penitenciária Adriano Marrey, onde
ocorreu a ação de ontem.
Após um rasante, a aeronave
começou a balançar, o que fez os
policiais pensarem que ela estava
com problemas mecânicos, segundo a polícia. O pouso aconteceu no raio 1 -um dos pavilhões.
Em cerca de 30 segundos, o helicóptero já havia levantado vôo
com dois presos resgatados.
Segundo a polícia, só foi possível atirar no momento da fuga,
não no pouso, porque as paredes
do prédio impediam a visão dos
guardas das muralhas.
O piloto da aeronave foi libertado pouco depois, em um campo
de futebol no município de Embu
(Grande SP). Os dois resgatadores
e os detentos Dionizio de Aquino
Severo, sequestrador e assaltante
de banco, e Ailton Alves Feitosa,
condenado por assalto, homicídio e atentado violento ao pudor,
fugiram em uma van. A polícia
conseguiu capturar os quatro envolvidos meses depois. Dionizio
de Aquino acabou sendo assassinado por outros presos enquanto
falava com sua advogada.
A fuga foi planejada, segundo a
polícia, durante três meses. Pelo
serviço, Cleilson Gomes de Souza,
um dos responsáveis pelo resgate,
receberia R$ 30 mil.
Na época, o secretário de Estado
da Administração Penitenciária,
Nagashi Furukawa, determinou
que em todos os pátios dos presídios do Estado fossem colocados
cabos de aço para evitar novos
resgates do mesmo tipo e informou que os policiais das muralhas estavam orientados a disparar tiros de advertência em caso
de aproximação de aeronaves a
menos de 50 metros dos muros.
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