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São Paulo, segunda-feira, 07 de julho de 2003

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Em 2002, dois foram resgatados em Guarulhos

DA REDAÇÃO

Por volta das 13h de 17 de janeiro de 2002, o Estado de São Paulo registrou pela primeira vez um resgate de presos com o auxílio de um helicóptero. O município foi o mesmo da ação ocorrida ontem, Guarulhos, na Grande São Paulo. A tática também foi a mesma.
Duas pessoas alugaram um helicóptero no Campo de Marte (zona norte de São Paulo), alegando que queriam fazer um vôo panorâmico sobre a capital. Já no ar, renderam o piloto e o obrigaram a desviar para a penitenciária José Parada Neto, às margens da rodovia Ayrton Senna, em Guarulhos.
O presídio fica ao lado da penitenciária Adriano Marrey, onde ocorreu a ação de ontem.
Após um rasante, a aeronave começou a balançar, o que fez os policiais pensarem que ela estava com problemas mecânicos, segundo a polícia. O pouso aconteceu no raio 1 -um dos pavilhões. Em cerca de 30 segundos, o helicóptero já havia levantado vôo com dois presos resgatados.
Segundo a polícia, só foi possível atirar no momento da fuga, não no pouso, porque as paredes do prédio impediam a visão dos guardas das muralhas.
O piloto da aeronave foi libertado pouco depois, em um campo de futebol no município de Embu (Grande SP). Os dois resgatadores e os detentos Dionizio de Aquino Severo, sequestrador e assaltante de banco, e Ailton Alves Feitosa, condenado por assalto, homicídio e atentado violento ao pudor, fugiram em uma van. A polícia conseguiu capturar os quatro envolvidos meses depois. Dionizio de Aquino acabou sendo assassinado por outros presos enquanto falava com sua advogada.
A fuga foi planejada, segundo a polícia, durante três meses. Pelo serviço, Cleilson Gomes de Souza, um dos responsáveis pelo resgate, receberia R$ 30 mil.
Na época, o secretário de Estado da Administração Penitenciária, Nagashi Furukawa, determinou que em todos os pátios dos presídios do Estado fossem colocados cabos de aço para evitar novos resgates do mesmo tipo e informou que os policiais das muralhas estavam orientados a disparar tiros de advertência em caso de aproximação de aeronaves a menos de 50 metros dos muros.


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