|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Entidades de controlador de vôo acionam organização do trabalho
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
COLUNISTA DA FOLHA
As prisões de dois líderes dos
controladores de tráfego aéreo
causaram reações no Brasil e
no exterior. A Ifacta (Federação Internacional de Controladores e Vôo) e a ITF (Organização Internacional de Transporte) acionaram a OIT (Organização Internacional do Trabalho)
para que cobre das autoridades
brasileiras a liberação de Wellington Rodrigues e Carlos Trifilio. Os nomes dos dois constam do IPM (Inquérito Policial
Militar) da Aeronáutica sobre a
paralisação do dia 30 de março.
Eles podem ser expulsos da
Aeronáutica acusados de crime
de motim. A Folha apurou que
também foram acusados os
sargentos Edileuzo Cavalcanti,
Moisés de Almeida, o suboficial
Marques e Espindola Filho.
Apesar de ser civil, Filho foi
acusado de crime militar.
As penas variam de quatro a
oito anos de detenção. Pelo código militar, prisões acima de
dois anos resultam em expulsão. O nome de Trifilio consta
do IPM da Aeronáutica de SP.
Os demais eram do Cindacta-1,
em Brasília. A punição ainda
depende da Justiça militar.
Na carta à OIT, as entidades
afirmam que eles "devem ter os
mesmos direitos que outros
trabalhadores". Rodrigues e
Trifilio foram presos por terem
denunciado as condições de
trabalho e criticado o Comando da Aeronáutica. Eles já haviam sido afastados.
"Se a OIT interferir na questão será ruim para o Brasil.
Muitos organismos internacionais antes de concederem empréstimos, por exemplo, pesquisam para saber se há problemas trabalhistas naquele
país", disse o procurador Fábio
Fernandes, do Ministério Público do Trabalho de SP.
Texto Anterior: Gol reduz sua previsão de ampliação da frota em 2007 e nos dois próximos anos Próximo Texto: Problema em avião obriga 84 a dormir em hotel Índice
|