DA REPORTAGEM LOCAL

O delegado Marco Antonio de Paula Santos, chefe do Decap (Departamento de Polícia Judiciária da Capital), órgão responsável pelos 93 distritos policiais da capital, disse que as mudanças visam melhorar a qualidade do serviço prestado.
"Isso é o começo de uma reestruturação para acabar com alguns desperdícios. Da forma como funciona hoje, [a polícia] apenas registra papéis, ela não dá uma resposta à demanda da pessoa", afirma.
Segundo ele, é preciso "concentrar recursos [policiais] em algumas unidades para dar um bom atendimento à população". "E bom atendimento não é só tratar bem as pessoas, receber bem as pessoas, mas também procurar dar solução para os problemas apresentados."
De acordo com o delegado, as mudanças decorrem de um estudo feito pelo INDG (Instituto de Desenvolvimento Gerencial) para a melhor aplicação dos recursos da corporação.
"Hoje, se colocarmos cem novos delegados para trabalhar nas delegacias da capital, resolvo o problema parcialmente. Porque daqui a dois ou três meses já vai faltar gente novamente, isso em relação a todas as carreiras [escrivães, investigadores, agentes etc]", disse. "O governo não tem preocupação em contratar pessoal, a preocupação é usar adequadamente o pessoal já contratado."
Dentro do plano de mudanças, 10 dos 93 distritos policiais passarão por grandes reformas físicas. Para melhorar a relação com as pessoas que buscam auxílio da polícia, todos os 6.400 policiais hoje pertencentes aos quadros do Decap serão obrigados a fazer um curso de gestão de atendimento ao público.
Sobre os problemas constatados pela Folha no 12º DP (Pari), no 80º DP (Vila Joaniza) e no 72º DP (Vila Penteado), o delegado disse reconhecer que são "erros", mas que esse tipo de problema deverá ser eliminado até o fim de setembro.
Procurada pela Folha, a Secretaria da Segurança Pública não se manifestou. (AC)


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