|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
OUTRO LADO
Goleiro "não deve nada", afirma advogado
DO RIO
DE BELO HORIZONTE
O goleiro Bruno colaborou
com os policiais que chegaram à sua casa ontem em
busca do adolescente por
"não dever nada", disse o advogado Monclar Gama.
O advogado do Flamengo
Michel Assef Filho, que também defende Bruno, não telefonou de volta à Folha para
falar sobre o rapaz, localizado na casa do jogador.
Gama disse que o goleiro
atendeu os policiais e afirmou que o jovem estava espontaneamente em sua casa.
O rapaz seria seu primo.
Em Belo Horizonte, o advogado Ércio Quaresma Firpe, que defende Luiz Henrique Romão, o Macarrão, ironizou o depoimento do adolescente. Ele disse ter sido informado ontem por telefone
de que o jovem teria dito que
Macarrão havia falado que
"teria acabado" e que "quem
fez o serviço teria desossado
o corpo [de Eliza] e dado para
alguns rotweilers comerem".
"Vamos trucidar esse depoimento, que ajuda o Macarrão. Só um celerado [perverso, facínora] acredita que
um cachorro comeria uma
pessoa. Um cachorro degustar 20 quilos de carne humana é muito interessante."
O defensor também criticou policiais que afirmam
que é possível dizer que Eliza
foi assassinada sem um corpo ter sido encontrado.
Firpe também disse que
"só se Macarrão for estúpido" esconderia o corpo em
Minas, uma vez que no Rio
há "um punhado de favelas
que têm micro-ondas", como
são chamadas pilhas de
pneus usadas por criminosos
para queimar corpos.
O advogado disse também
representar Dayanne Souza
(mulher de Bruno), a mulher
de Macarrão, Elenilson Vitor
da Silva (administrador do sítio de Bruno), Wemerson
Marques de Souza (o "Coxinha") e Flávio Caetano de
Araújo.
O advogado diz que o depoimento pode ser anulado
por ilegalidades, como a falta
de um representante legal do
jovem ao depor. Levantou
ainda a hipótese de o adolescente ter sofrido coação da
polícia do Rio.
Texto Anterior: Para advogados, provar crime sem corpo é difícil Próximo Texto: Gilberto Dimenstein: O milagre de São Rafael Índice
|