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CÉLIO GUERRA HORTA (1929-2010)
Entregou jornal e foi jornalista
ESTÊVÃO BERTONI
DE SÃO PAULO
Célio Horta é carioca de
nascença. Mas foi em Belo
Horizonte que ele construiu
carreira como jornalista.
Aos 9, ficou órfão de mãe e
pai. A mãe não resistiu ao
parto, após ter a quarta filha.
No mesmo ano, o pai acidentou-se num bonde e morreu.
Célio e os três irmãos foram
viver com a avó, em Minas.
Bem cedo, aos 11, começou
a trabalhar para ajudar a família. Entregou jornais e foi
estafeta, um portador de encomendas, na Vale do Rio
Doce. Até descobrir ter gosto
pela leitura e pela escrita.
Entrou, então, para o jornalismo, como repórter esportivo -era apaixonado pelo Atlético. Trabalhou na
"Folha de Minas", onde foi
diretor. A convite de Assis
Chateaubriand, assumiu a
secretaria-geral do "Estado
de Minas". Aposentou-se lá.
Durante a carreira, também teve passagem pela rádio Inconfidência, foi assessor de imprensa do governador Francelino Pereira, diretor do Sindicato dos Jornalistas e presidente da Associação Mineira de Imprensa.
No trabalho, era bravo, e
às vezes, explosivo. Dizia que
não queria gente preguiçosa
trabalhando com ele. Mas
também era gentil e transparente, conta a filha Marielza.
Há cerca de seis anos, sofreu um AVC (acidente vascular cerebral) e teve de se
readaptar às limitações.
Tinha um projeto de escrever um livro de memórias,
que não conseguiu realizar.
Viúvo desde o ano passado, morreu na quarta, aos 81,
de complicações de uma cirurgia. Teve quatro filhos,
cinco netos e três bisnetos.
A missa de sétimo dia será
hoje, às 19h, na igreja de São
Matheus, em Belo Horizonte.
coluna.obituario@uol.com.br
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