São Paulo, sábado, 07 de agosto de 2004

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RIO

Assassinos atiraram contra policiais sem dar chance de defesa

Ataque a sargento eleva para três o nº de PMs mortos em 12 horas

Celso Meira/Ag. O Globo
Carro do terceiro policial morto da noite de anteontem para a madrugada de ontem, no Rio


DA SUCURSAL DO RIO

Três policiais foram atacados e mortos no Rio de Janeiro em menos de 12 horas. Na madrugada de ontem, o sargento da PM Ronaldo Moraes da Fonseca, 46, foi assassinado a tiros de pistola ao volante de seu carro quando passava pela Estrada da Cacuia, bairro Cacuia, na Ilha do Governador (zona norte do Rio).
Anteontem à noite, por volta de 21h, os soldados PMs Darlan Jefferson Pereira das Chagas, 25, e Marco Antônio Dias de Araújo, 34, foram mortos em um ataque a uma patrulha na avenida Presidente Vargas (centro do Rio). Chagas morreu na hora. Araújo foi socorrido com vida, mas morreu pouco depois no Hospital da Polícia Militar.
Os dois ataques guardam semelhanças. O sargento da PM Ronaldo Fonseca foi atingido quando voltava para casa, na Ilha, com a mulher e dois filhos. De acordo com a mulher do policial, quatro homens encapuzados que estavam num Golf preto dispararam contra o carro da família. Ela só não foi atingida porque se jogou para fora do veículo, mas os filhos foram baleados nas pernas.
A delegada-adjunta da 37ª Delegacia de Polícia, Roberta Carvalho, afirmou que Fonseca já havia recebido ameaças de morte.
No ataque de anteontem, testemunhas disseram que os soldados foram mortos por cinco homens encapuzados que desceram de um Astra prata e atiraram, sem dar chance de reação aos policiais. Peritos que estiveram no local do crime recolheram mais de 40 cápsulas deflagradas de pistola e fuzil. As armas dos policiais foram levadas pelos agressores.
Ainda na madrugada, outra patrulha da PM foi atingida por tiros, na zona norte, mas os policiais não ficaram feridos.
Ao comentar os ataques, o secretário estadual de Segurança Pública, Anthony Garotinho, lançou a suspeita do envolvimento de policiais expulsos da corporação nos crimes. "Concluímos que foi um movimento, não queremos dizer de quem, contra as medidas saneadoras e moralizadoras que vêm sendo adotadas na Polícia Militar. Foi uma afronta a uma política que implementamos."


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