DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Em 55 cursos do país, os alunos que estavam prestes a se formar foram pior no Enade do que aqueles que entravam na universidade.
Para calcular o conhecimento agregado pelos cursos aos estudantes, o Inep (instituto de pesquisa ligado ao MEC) comparou as notas dos calouros de 2004 e dos formandos de 2007.
Em 2004, os calouros de fonoaudiologia da UFMG obtiveram 47,1 pontos considerando tanto a prova de formação geral, comum a todas as áreas, como a de conhecimentos específicos.
Três anos depois, os alunos que se formam na universidade alcançaram 7,7 pontos, uma queda de 83%.
O caso se repete no curso de serviço social da Unicsul (Universidade Cruzeiro do Sul), em São Paulo. Nesse caso, a diferença entre os formandos e os calouros foi de 30 pontos.
Reynaldo Fernandes, presidente do Inep, disse que o fenômeno é "preocupante", mas ressaltou que isso não reflete a regra geral, de aumento, e pode ser resultado de boicote dos alunos ao exame de 2007.
"Ou a instituição está mais seletiva -entrou gente fraca que não se recuperou a tempo e o pessoal que está entrando agora é muito melhor. Ou o pessoal está "emburrecendo'", disse Roberto Lobo, ex-reitor da USP.


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