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RIO
Acervo do Palácio do Itamaraty inclui peças dos séculos 16 a 19; sindicância apura se houve participação de funcionários
Ministério investiga furto de mapa histórico
MARIO HUGO MONKEN
DA SUCURSAL DO RIO
O Ministério das Relações Exteriores está investigando se funcionários do Palácio do Itamaraty,
no Rio, participaram do furto de
mapas, fotografias e gravuras históricas da mapoteca da instituição. O furto ocorreu no final de
julho passado.
Em nota oficial, o ministro Celso Amorim informou que, tão logo soube do desaparecimento do
acervo, determinou a abertura de
uma sindicância interna para
identificar os responsáveis pelo
que ele chamou de "lapso de segurança" ocorrido na sede ministerial no Rio. O ministério, no entanto, não informou detalhes da
investigação do caso.
Segundo uma lista preparada
pelo Icom (Conselho Internacional dos Museus), 2.066 peças estão desaparecidas. O furto foi noticiado pela coluna Painel, da Folha, no último dia 1º.
Segundo o Icom, parte do material levado já teria sido devolvido
pelos Correios. A informação, no
entanto, não foi confirmada pelo
Itamaraty. O ministério também
não informou o valor do acervo.
A investigação sobre o caso está
a cargo da Delegacia de Repressão
aos Crimes Fazendários da Superintendência da Polícia Federal no
Rio de Janeiro. Um inquérito foi
aberto no dia 31 de julho.
A corporação informou, no entanto, ser "inoportuna" no momento a divulgação do andamento das investigações. A Interpol
participa do trabalho.
Desde o desaparecimento do
material, a mapoteca está fechada.
O Palácio do Itamaraty teve a segurança reforçada.
Importância
O presidente do Conselho Nacional do Icom, Luiz Antônio
Custódio, afirmou que o acervo
furtado forma a maior coleção de
mapas de um arquivo público no
país. Segundo ele, no material há
mapas dos séculos 16, 17, 18 e 19.
Afirmou ainda ter iniciado uma
campanha de mobilização na
América Latina e na Europa para
ajudar na localização do acervo.
Entre as peças furtadas estão
mapas históricos das capitanias
hereditárias, um álbum da cidade
do Rio de Janeiro, além de fotos
de diversos países, como Argentina, Japão, França e Paraguai.
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