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São Paulo, terça-feira, 07 de outubro de 2003

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RIO

Acervo do Palácio do Itamaraty inclui peças dos séculos 16 a 19; sindicância apura se houve participação de funcionários

Ministério investiga furto de mapa histórico

MARIO HUGO MONKEN
DA SUCURSAL DO RIO

O Ministério das Relações Exteriores está investigando se funcionários do Palácio do Itamaraty, no Rio, participaram do furto de mapas, fotografias e gravuras históricas da mapoteca da instituição. O furto ocorreu no final de julho passado.
Em nota oficial, o ministro Celso Amorim informou que, tão logo soube do desaparecimento do acervo, determinou a abertura de uma sindicância interna para identificar os responsáveis pelo que ele chamou de "lapso de segurança" ocorrido na sede ministerial no Rio. O ministério, no entanto, não informou detalhes da investigação do caso.
Segundo uma lista preparada pelo Icom (Conselho Internacional dos Museus), 2.066 peças estão desaparecidas. O furto foi noticiado pela coluna Painel, da Folha, no último dia 1º.
Segundo o Icom, parte do material levado já teria sido devolvido pelos Correios. A informação, no entanto, não foi confirmada pelo Itamaraty. O ministério também não informou o valor do acervo.
A investigação sobre o caso está a cargo da Delegacia de Repressão aos Crimes Fazendários da Superintendência da Polícia Federal no Rio de Janeiro. Um inquérito foi aberto no dia 31 de julho.
A corporação informou, no entanto, ser "inoportuna" no momento a divulgação do andamento das investigações. A Interpol participa do trabalho.
Desde o desaparecimento do material, a mapoteca está fechada. O Palácio do Itamaraty teve a segurança reforçada.

Importância
O presidente do Conselho Nacional do Icom, Luiz Antônio Custódio, afirmou que o acervo furtado forma a maior coleção de mapas de um arquivo público no país. Segundo ele, no material há mapas dos séculos 16, 17, 18 e 19.
Afirmou ainda ter iniciado uma campanha de mobilização na América Latina e na Europa para ajudar na localização do acervo.
Entre as peças furtadas estão mapas históricos das capitanias hereditárias, um álbum da cidade do Rio de Janeiro, além de fotos de diversos países, como Argentina, Japão, França e Paraguai.


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