DA REPORTAGEM LOCAL

Procurada nas duas últimas semanas, a Secretaria Municipal dos Transportes não deu entrevistas nem detalhes para justificar os gastos nos terminais de ônibus, mas, em comunicado oficial, diz que não há descumprimento contratual.
A pasta se baseia na regra de transição inserida nos contratos em julho de 2003 e que retirou, temporariamente, a obrigação de as viações bancarem a manutenção, a operação e a fiscalização dos terminais.
Em nota, a secretaria diz que a transição será concluída "entre novembro e dezembro" de 2004. Apesar dos insistentes pedidos da reportagem, ela não diz, porém, se essas despesas, de alguma forma, passarão a ser bancadas pelas empresas de ônibus a partir dessa data.
O último contrato firmado pela SPTrans com a Socicam acaba só em abril de 2005.
Em agosto de 2003, ao ser questionada sobre a falta de prazo para acabar a transição, a pasta informou à Folha que ela terminaria no final de 2003 ou começo de 2004. A secretaria justificou esse período sob a alegação de que a licitação previa uma realidade diferente da encontrada em julho de 2003, na assinatura dos contratos. Por exemplo, nem todos os veículos tinham catracas eletrônicas para a implantação do bilhete único já naquela época.
A secretaria diz também que firmou novos contratos com a Socicam para os serviços nos terminais a partir de abril de 2004 porque "eles não poderiam sofrer descontinuidade" no período de transição.
O SP Urbanuss (sindicato das viações) não se manifestou.


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