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TRANSPORTE COLETIVO
Promessa para até o fim do ano foi feita em publicação da prefeitura; só mais um será entregue em 2004
Meta de chegar a 93 terminais pára em 23
DA REPORTAGEM LOCAL
Publicação oficial da Prefeitura
de São Paulo, datada de julho de
2003 e distribuída inclusive com
tradução em inglês, previa a existência de 93 terminais de ônibus
na capital paulista e 325 estações
de transferência (estruturas menores onde os passageiros podem
realizar as baldeações) em 2004.
Mas a capital paulista tem hoje
somente 23 terminais (mais um
será inaugurado até dezembro),
dos quais somente 9 novos, e 50
estações de transferência -15%
da quantidade prometida.
A redução drástica na realização
dessas obras pode até ter explicações técnicas, mas também ajuda
a evitar novos gastos com a manutenção, a operação e a fiscalização desses equipamentos de baldeação, cuja responsabilidade,
prevista no edital de licitação lançado no final de 2002, seria das
empresas de ônibus.
A justificativa oficial da prefeitura é que a implantação do bilhete único, em maio deste ano, retirou a necessidade de tantos terminais de ônibus, já que os passageiros podem fazer baldeações livres
e gratuitas -no intervalo de duas
horas, pagando uma só tarifa de
R$ 1,70- em qualquer ponto da
capital paulista, sem precisar se
deslocar até um terminal.
Em julho de 2003, porém, quando os 93 terminais foram anunciados pela publicação oficial da
administração Marta Suplicy
(PT), já havia a previsão de implantação do cartão eletrônico.
A publicação, que incluiu em
sua introdução textos da própria
prefeita e do ex-secretário municipal dos Transportes Jilmar Tatto, lembrava que os terminais
também seriam importantes para
facilitar a integração com outras
modalidades de transporte coletivo, como trens e metrô.
"Os terminais foram projetados
para que o usuário faça os transbordos com a garantia de estar
protegido por seguranças e câmeras de vigilância e de ter à disposição painéis eletrônicos com dados sobre os trajetos", dizia a publicação da prefeitura.
A gestão Marta Suplicy afirma
agora que estão previstos somente mais 21 novas estruturas desse
tipo, a serem construídas a partir
do ano que vem.
A assessoria de imprensa justifica ainda os atrasos na construção
desses terminais e das mais de 300
estações de transferência prometidas aos atrasos na liberação de
empréstimos do BNDES na gestão Fernando Henrique Cardoso,
do PSDB. Em julho de 2003, entretanto, quando a promessa foi
escrita e publicada, era Lula, do
PT, quem estava no governo federal.
(ALENCAR IZIDORO)
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