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Estudante terá de optar entre o Enem e a 2ª fase
da estadual de Londrina
PATRÍCIA GOMES
DA REPORTAGEM LOCAL
Eduardo Araújo, 18, estava
em casa estudando quando
uma amiga lhe telefonou para
avisar que a nova data do
Enem coincidia com a da prova da segunda fase da UEL
(Universidade Estadual de
Londrina). Com isso, caso seja aprovado na primeira fase
da UEL, Eduardo terá de optar entre uma prova e outra.
A UEL já avisou que não vai
mudar o dia de seu vestibular,
cuja segunda fase está marcada para 6 e 7 de dezembro. A
universidade não usa o Enem
em seu processo seletivo.
Candidato a uma vaga em
medicina, Eduardo decidiu
abrir mão do Enem caso passe na primeira fase da UEL.
"Se tudo correr bem, eu não
vou fazer o Enem."
Mas, apesar de significar
que ele foi aprovado na primeira fase da UEL, não fazer
o Enem tem desvantagens.
Sem o resultado do exame,
Eduardo não poderá concorrer à Unifesp (federal de São
Paulo) e ainda terá a sua nota
diminuída na UFPR (Universidade Federal do Paraná).
Para o curso de medicina
da Unifesp, o Enem serve como primeira fase. A universidade afirmou que vai continuar usando o exame.
Já na federal do Paraná, o
Enem compõe, obrigatoriamente, 10% da nota final do
candidato. Não fazer o Enem
significa que Eduardo sai em
desvantagem em relação a
quem fez o exame, porque,
caso acerte todas as questões
do vestibular, só poderá obter
90% da nota.
Mesmo se não fizer o
Enem, Eduardo não pretende
entrar na Justiça para ter os
R$ 35 da inscrição de volta.
Advogados consultados pela
reportagem dizem que pedir
o ressarcimento é possível,
mas que uma ação custaria
mais do que o valor da taxa.
Colaborou NATÁLIA SOARES
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