São Paulo, quarta-feira, 07 de outubro de 2009

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Estudante terá de optar entre o Enem e a 2ª fase da estadual de Londrina

PATRÍCIA GOMES
DA REPORTAGEM LOCAL

Eduardo Araújo, 18, estava em casa estudando quando uma amiga lhe telefonou para avisar que a nova data do Enem coincidia com a da prova da segunda fase da UEL (Universidade Estadual de Londrina). Com isso, caso seja aprovado na primeira fase da UEL, Eduardo terá de optar entre uma prova e outra.
A UEL já avisou que não vai mudar o dia de seu vestibular, cuja segunda fase está marcada para 6 e 7 de dezembro. A universidade não usa o Enem em seu processo seletivo.
Candidato a uma vaga em medicina, Eduardo decidiu abrir mão do Enem caso passe na primeira fase da UEL. "Se tudo correr bem, eu não vou fazer o Enem."
Mas, apesar de significar que ele foi aprovado na primeira fase da UEL, não fazer o Enem tem desvantagens.
Sem o resultado do exame, Eduardo não poderá concorrer à Unifesp (federal de São Paulo) e ainda terá a sua nota diminuída na UFPR (Universidade Federal do Paraná).
Para o curso de medicina da Unifesp, o Enem serve como primeira fase. A universidade afirmou que vai continuar usando o exame.
Já na federal do Paraná, o Enem compõe, obrigatoriamente, 10% da nota final do candidato. Não fazer o Enem significa que Eduardo sai em desvantagem em relação a quem fez o exame, porque, caso acerte todas as questões do vestibular, só poderá obter 90% da nota.
Mesmo se não fizer o Enem, Eduardo não pretende entrar na Justiça para ter os R$ 35 da inscrição de volta.
Advogados consultados pela reportagem dizem que pedir o ressarcimento é possível, mas que uma ação custaria mais do que o valor da taxa.


Colaborou NATÁLIA SOARES


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