São Paulo, Domingo, 07 de Novembro de 1999
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No Brasil, crime não é comum

ALESSANDRA KORMANN
do Banco de Dados

Diferentemente das chacinas motivadas por vingança ou acerto de contas com traficantes, os assassinatos em massa cometidos por psicopatas não são frequentes no Brasil.
Em maio de 1997, o ex-soldado do Exército Genildo Ferreira de França, 26, carregou uma pistola 7.65 e um revólver calibre 38 e saiu atirando, no pequeno povoado de Santo Antônio de Potengi, distrito de São Gonçalo do Amarante (30 km de Natal). Matou 15 pessoas, até ser morto pela polícia. Segundo amigos, ele era fã do personagem Rambo, interpretado por Sylvester Stallone.
Em fevereiro do mesmo ano, o marceneiro desempregado Joaquim Paulo Fagundes subiu em um telhado e começou a disparar a esmo nos carros que passavam no Bosque da Saúde (zona sul de São Paulo).
Três passageiros de um ônibus foram feridos, mas sem gravidade. Fagundes acabou morrendo em troca de tiros com a polícia.
Já em outros países, principalmente nos Estados Unidos, esse tipo de crime tem ocorrido com bastante frequência.
Em 19 de julho de 1984, O veterano da Guerra do Vietnã James Huberty, vestido com uniforme de combate, matou 21 pessoas dentro de um McDonald's em San Isidro, Califórnia (EUA). A polícia o matou.
Uma cena violenta do filme "Diário de um Adolescente", na qual o protagonista sonha que entra armado em uma escola e atira em alunos e em um professor, teria sido fonte de inspiração para Eric Harris, 18, e Dylan Klebold, 17, que assassinaram com rifles e bombas 12 estudantes e um professor na escola Columbine, em Littleton, no Colorado (EUA) em abril desse ano.
Em julho, o corretor Mark Barton matou nove pessoas e feriu outras 13 em Atlanta (EUA) e depois se suicidou.
Na última terça-feira, o ex-funcionário da Xerox Byron Uesugi entrou no prédio da empresa em Honolulu, no Havaí (EUA), e matou sete funcionários. Foi preso.
Na quarta-feira, um homem disparou contra várias pessoas em um centro comercial de Seattle (EUA), matando duas e ferindo outras duas.


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