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Família usa branco em enterro
da reportagem local
O corpo da publicitária Hermè Luísa Jatobá Vadasz, a terceira vítima de Mateus da Costa Meira, seguiu para cremação
no final da tarde de ontem, no
crematório de Vila Alpina.
O velório, marcado para as
12h, no hospital Albert Einstein, acabou não sendo realizado. Houve atraso nas perícias,
realizadas no IML, e o corpo
acabou chegando ao hospital
às 16h35, mas nem foi retirado
do carro funerário. Cerca de
cem familiares e amigos acompanharam o cortejo.
Estavam na capela as atrizes
Glória Pires e o marido, Orlando Moraes, e Denise Dumont,
atriz de novelas e amiga de infância de Hermè (o pai da publicitária, já falecido, foi casado
com a mãe de Denise).
Denise, que mora nos EUA
há alguns anos, pediu justiça.
"Temos de ter o direito de ir ao
cinema e não ser mortos."
O publicitário José Augusto
de Souza, um dos melhores
amigos de Hermè, afirmou que
a publicitária dizia que, quando morresse, queria que fossem ao seu velório de branco e
levassem flores brancas. Ontem, parte da pessoas na capela
vestia branco.
Órgãos doados
Os órgãos foram doados para
pacientes que esperavam
transplantes na fila única do
SUS (Sistema Único de Saúde).
Segundo o irmão da publicitária, Fernando Henrique Bandeira de Mello, Hermè havia
manifestado em vida o desejo
de fazer as doações. "Ela era
uma pessoa muito generosa.
Até na morte ela quis ajudar
outras pessoas", disse.
Foram doados coração, fígado, rins, córneas e ossos. A retirada dos órgãos foi feita no
Hospital Albert Einstein, onde
a publicitária estava internada.
Os nomes dos receptores não
foram divulgados.
Hermè teve morte encefálica
declarada às 20h50 de sexta. A
família esperou a mãe da publicitária, Betty Hennily, chegar
dos EUA para tomar a decisão
de desligar os aparelhos que a
mantinham viva. Tinha três filhas -de 17, 20 e 23 anos.
Para o irmão da publicitária,
Meira estava consciente quando fez os disparos no shopping.
"Acho que ele sabia o que estava fazendo e que deveria ter
uma punição exemplar."
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