São Paulo, terça-feira, 07 de novembro de 2006

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Apesar do alerta de legista sobre impacto da imagem, pai quis ver o corpo do garoto

DA AGÊNCIA FOLHA, EM BELO HORIZONTE

Mesmo após ter sido alertado pelo legista do impacto da imagem da cena, o empresário Miranda Gonçalves de Almeida, pai do garoto Lucas, pediu para ver o corpo do filho -que teve a cabeça decapitada.
Miranda estava em Eunápolis, cidade baiana a 65 km de Porto Seguro, na hora do acidente. Ele ia para Vitória (ES), onde negociava a compra de um ônibus para sua empresa de turismo, que leva passageiros para Belo Horizonte. Miranda chegou ao IML de Eunápolis por volta das 18h de anteontem.
Segundo um de seus filhos, Rodrigo Nunes Almeida, 26, o pai está em estado de choque.
O garoto foi enterrado no começo da tarde de ontem em Jacinto, no Vale do Jequitinhonha, norte de Minas Gerais. É a cidade onde vive a mãe, Marileda. Há seis meses, ele havia se mudado para Almenara (30 km de Jacinto) para estudar. Morava com o pai, a mulher deste, Márcia, e os irmãos por parte de pai, com os quais convivia desde os cinco anos.
"Ele veio morar em Almenara porque é uma cidade maior e com melhores possibilidades de estudo", disse Rodrigo.
O fato de a família ser evangélica "ajuda a aliviar a dor", diz ele, mas, mesmo a morte tendo sido um acidente, ele acredita que poderia haver "mais prudência" dos exploradores do banana boat.
"A gente sabe que essas coisas são propósitos de Deus, mas quem estava lá viu que isso poderia ser evitado se houvesse mais prudência por parte dos exploradores do banana boat, se houvesse proteção na hélice do barco", disse sobre uma das hipóteses.
Ele não acredita que a família vai entrar na Justiça por causa da morte do garoto. "Creio que não há essa intenção de nossa parte." (PAULO PEIXOTO)


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