FÁBIO GRELLET
DA SUCURSAL DO RIO

Em 2008, o administrador Alexandre Govastki, 40, decidiu reformar sua casa, na Chácara Flora (zona sul de SP). Afinal, o número de moradores cresce todo mês. Nada de filhos nem parentes. É sua coleção de Playmobil -só de bonecos havia 5.000 na última contagem, em 2007.
"Eu deixava tudo num quarto, mas o espaço ficou pequeno. Então decidi reformar a casa, e a obra vai estar pronta até o fim do ano", conta, ansioso pelo espaço para expor adequadamente sua coleção, que inclui peças de temática variada.
Na exposição "Playmobil 35 Anos - O Sucesso de um Sorriso", Govastki vai expor um safári na África. O evento lembra o aniversário de lançamento do brinquedo pela fabricante alemã Geobra.
Govastki, que mora sozinho, tem bonecos medievais, do velho oeste e de cidades comuns. A peça mais valiosa, diz, é um caminhão de filmagem de uma rede de TV, fabricado sob encomenda para ser distribuído como brinde pela emissora, anos atrás.
A professora de educação infantil Claudia Magdaleno, 45, vai expor uma maquete de Copacabana. "Na infância tinha que brincar com os bonecos do meu primo, porque meus pais não tinham condições de comprar. Quando meu filho fez um ano, comecei uma coleção para ele. Hoje ele tem 20 anos e não liga, mas eu continuo vidrada."
O responsável pela exposição, que ocupará uma área de 420 metros quadrados, é o empresário César Ojeda, 43.
"Eu havia colecionado Playmobil na infância, mas mantinha tudo guardado num armário na casa dos meus pais.
Em 2007, minha mulher fazia um curso de fotografia e precisava fazer um trabalho final. Aí sugeriu fotografar a coleção." Desde então, voltou a se dedicar ao brinquedo.
"Conheci outros fãs pela internet. A gente se reúne periodicamente e decidimos montar a exposição."