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São Paulo, domingo, 07 de dezembro de 2003

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Pele clara e antecedente familiar indicam risco

DA REPORTAGEM LOCAL

Crianças de pele, cabelos ou olhos claros, com sardas, "que se queimam mais que bronzeiam", ou com casos de câncer na família são as que mais correm risco sob o sol, segundo a Sociedade Brasileira de Dermatologia.
As novas campanhas da entidade têm enfatizado que, além do filtro solar -de no mínimo fator 15 e passado várias vezes ao dia-, é necessária proteção física -roupa, chapéu, guarda-sol de algodão, mais protetor.
Jayme de Oliveira Filho, professor-titular de dermatologia da Universidade Santo Amaro, de São Paulo, lembra que muitos carrinhos de bebê têm cobertura plástica, ineficiente.
"O plástico deixa passar 50% da radiação solar", afirma ele.

Homens
Além das crianças e adolescentes, os homens em geral correm mais risco sob o sol. Eles detestam se sentir lambuzados. Muitos chegam a não acreditar que o sol possa fazer mal, dizem os médicos.
Uma pesquisa realizada pela sociedade no ano passado mostrou que 69% dos brasileiros não utilizam nenhuma proteção solar. Eles usavam menos produtos do que elas.
O cantor Felipe Dylon, 15, diz que usa filtro solar 30, em loção -que não lambuza-, sempre que surfa. "Tem de se proteger. As meninas usam mais porque levam bolsa para a praia. Eu passo em casa."
O preço dos produtos também explica a "rejeição". E ainda o fato de o câncer da pele ser menos letal, menos "assustador". Provoca o menor número de mortes, desde que tratado no início. Estima-se que 2.000 pessoas morrerão de câncer de pele neste ano no país.
O melanoma é o tipo mais agressivo. Segundo Gilles Landman, do Grupo Brasileiro de Melanoma, se tiver um milímetro de profundidade e for retirado, o paciente tem 98% de chances de cura. Se atingir 4 mm, as chances caem para 50%. Os sinais que chamam a atenção são pintas escuras ou marrons que mudam de cor, coçam ou sangram.



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