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São Paulo, domingo, 07 de dezembro de 2003

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MISTÉRIO NO RIO

Polícia vê contradição em depoimentos

Peritos realizarão novo exame em machadinha encontrada na casa

FERNANDA DA ESCÓSSIA
DA SUCURSAL DO RIO

A polícia do Rio viu contradições nos depoimentos à Justiça dos dois filhos mais velhos do casal Staheli, morto na Barra da Tijuca (zona oeste), no domingo passado. Foi determinada uma nova perícia na machadinha decorativa encontrada na casa.
O primeiro exame realizado na machadinha com a substância luminol deu negativo. Na sexta-feira, peritos descartaram que ela pudesse ter sido a arma do crime.
Ontem, o chefe da Polícia Civil, Álvaro Lins, disse que será feita uma contraprova com o mesmo produto. Ele afirmou que foram solicitadas também as roupas usadas pelos quatro filhos do casal na noite do crime.
Todd Staheli, executivo da Shell, e sua mulher, Michelle, foram encontrados agonizantes pelo filho de dez anos, às 6h30 de domingo. Staheli morreu logo depois; a mulher, na última quinta-feira.
Além do quarto do casal, a perícia só encontrou traços de sangue na cama e na porta do quarto da filha mais velha, de 13 anos. Em depoimento, a adolescente disse que levou para a cama dela a irmã de três anos, que dormia entre as pernas do pai. Ela disse também ter tirado o travesseiro que cobria o rosto do pai.
No depoimento, o filho de 10 anos dos Staheli disse que não viu sangue nas roupas dos irmãos. A adolescente de 13 disse que a irmã pequena sujou um pedaço da manga do pijama.
O garoto disse que a machadinha, comprada na Escócia, é sua e que, na véspera do crime, mostrou-a a amigos que os visitavam, guardando-a depois em seu armário. Na manhã do crime, a machadinha foi encontrada no banheiro da suíte da adolescente.
Ontem, em seu programa de rádio, o secretário de Segurança, Anthony Garotinho, disse considerar o fato "intrigante". Ele também disse considerar intrigante o fato de Staheli ter sido encontrado com um travesseiro sobre o rosto. "Ou seja: quem fez aquilo não queria ver depois a imagem."



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