DA REPORTAGEM LOCAL

Se as calçadas da Grande São Paulo fossem classificadas oficialmente como formas de transporte coletivo elas teriam uma das piores avaliações entre todas as modalidades.
A pesquisa da ANTP aponta que 59% dos entrevistados consideraram ruim ou péssima a situação das calçadas em seus bairros. Entre as mulheres, que tradicionalmente usam calçados menos confortáveis, a reprovação é ainda maior: 62%.
O resultado é visto com preocupação porque um terço das viagens na região metropolitana é feita a pé, conforme a última pesquisa Origem/Destino do Metrô, e também por conta da falta de prioridade dos governos a esse tipo de melhoria. Na avenida Rebouças, por exemplo, a prefeitura inaugurou um corredor de ônibus e um túnel para os carros há mais de dois meses, mas as calçadas ainda não estão prontas.
"Quem usa transporte público sempre completa a viagem na calçada", diz Rogério Belda, vice-presidente da ANTP.
Estudo de 2003 do Ipea apontou que nove em cada mil pessoas tropeçam ou caem nas calçadas anualmente nas cidades brasileiras, principalmente devido a defeitos no piso. A pesquisa também mostrou que as quedas nas calçadas correspondiam a um em cada quatro acidentes de trânsito.


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