São Paulo, terça-feira, 07 de dezembro de 2004

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ENSINO NO MUNDO

Brasil ficou atrás da Indonésia e da Tunísia; foram avaliados 250 mil alunos de 15 anos, em 41 países

País é o último em ranking de matemática

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O Brasil voltou a ficar entre os últimos colocados no ranking do Pisa (sigla em inglês para Programa Internacional de Avaliação de Alunos) -prova aplicada para analisar o desempenho de estudantes de 15 anos matriculados nas redes de ensino públicas e particulares de 41 países.
Os dados estão disponíveis desde ontem na internet e se referem a 2003, ano em que o exame teve ênfase em matemática e ciências. Foram avaliados 250 mil alunos em todos os países participantes.
Em 2000, quando o Pisa foi aplicado pela primeira vez, o enfoque principal foi leitura. Naquele ano, estudantes de 32 países participaram da avaliação. O Brasil já havia ficado entre os últimos colocados.
A prova, coordenada pela OCDE (Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico), avaliou nos dois anos as áreas de matemática, leitura e ciências, mas a comparação é restrita devido ao aumento no número de países participantes.
Será aplicada novamente em 2006, quando mais países devem ser englobados na avaliação.
A média geral dos alunos brasileiros no ano passado foi a pior em matemática (356 pontos), ficando atrás da Indonésia (360 pontos) e Tunísia (359). Os melhores desempenhos nesse exame foram de Hong Kong, 550 pontos, seguido da Finlândia, 544. Dos 41 países que responderam ao questionário, o Brasil é o 40še último na lista de matemática -os dados do Reino Unido, segundo a OCDE, não são comparáveis.
Já no exame de ciências, o Brasil ficou em penúltimo, à frente apenas da Tunísia. A Finlândia lidera nessa prova, com 548 pontos.
O Brasil melhora um pouco na avaliação de leitura: fica com a média geral de 403 pontos, nota melhor do que a obtida por alunos de México (400), Indonésia (382) e Tunísia (375).
O Ministério da Educação disse ontem que "vem investindo fortemente no ensino básico, executando conjunto integrado de diretrizes". Nessas diretrizes, inclui ampliação e redefinição do financiamento, qualificação de professores, valorização dos trabalhadores e democratização da gestão.


Resultados do estudo estão disponíveis na internet (www.oecd.org)


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