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Amigo faz parte da história do disco no país
DA REDAÇÃO
André Midani é considerado
um dos homens mais importantes da história do disco no
Brasil. Amigo de Olivetto,
acompanhou o publicitário na
entrevista coletiva que este
concedeu ontem. Olivetto explicou que Midani ajudou a sua
família a coordernar as ações
durante o período de cativeiro.
Midani tem a sua carreira de
executivo de música ligada a
movimentos como a bossa nova, a tropicália e o pop-rock
brasileiro dos anos 80.
Nasceu na Síria, onde permaneceu até os três anos de idade,
quando se transferiu para a
França. Em 1955, para não servir na Argélia, emigrou para o
Brasil. "Entrei no rol dos desertores. Cheguei ao Brasil meramente por acaso. Quando vi a
baía de Guanabara, achei uma
coisa de outro mundo", declarou à Folha em dezembro.
Na sua carreira na indústria
fonográfica, ajudou no florescimento de artistas como João
Gilberto, Elis Regina, Maria Bethânia, Tim Maia e os Titãs.
Executivo da música desde a
Odeon (hoje EMI) do final dos
anos 50, quando acompanhou
Aloysio de Oliveira no surgimento da bossa nova, foi depois presidente da Philips (hoje
Universal), impulsionando o
tropicalismo. O rock dos 80 foi
subproduto da fundação da filial brasileira da Warner, iniciada por ele em 76.
André Midani está hoje aposentado e diz querer dedicar-se
a projetos comunitários. "Tenho 69 anos, os meninos que
vão fazer a música de amanhã
têm 20. Vão me olhar como se
fosse um túmulo", disse à Folha no ano passado.
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