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Menino leva explosivo para assaltar prédio
Porteiro diz que garoto o ameaçou com uma granada; na fuga, grupo levou carro e causou acidente
ELVIRA LOBATO
DA SUCURSAL DO RIO
Armado com um explosivo
-aparentemente uma granada-, um menino, de presumíveis 12 anos, participou do assalto a um apartamento na zona sul do Rio de Janeiro, a menos de 50 metros da residência
oficial do comandante-geral da
Polícia Militar.
O menino manteve refém o
porteiro do prédio enquanto
seus três comparsas, supostamente também menores, armados com pistolas, roubaram
o apartamento.
Porteiro há 15 anos do edifício, o nordestino Raimundo
Balbino da Costa, membro da
igreja Assembleia de Deus, citou trechos da Bíblia para o garoto, enquanto este o ameaçava
com o explosivo -segundo o
porteiro, seria uma granada.
"O menino demonstrava não
ter experiência em assaltos.
Enquanto eu citava a Bíblia, ele
dizia: tio, não é hora pra isso",
contou o porteiro Raimundo
Costa, que estimou em 12 anos
a idade do assaltante.
O grupo entrou no prédio
-um edifício de classe média
alta, bem de frente para a praia
de Botafogo, vizinho ao do ministro da Saúde, José Gomes
Temporão- quando um dos
moradores entrava na garagem, em companhia da namorada.
O casal e o porteiro foram
rendidos. Três dos assaltantes
foram com o casal para o apartamento, amarraram o morador e roubaram dinheiro, eletrônicos e outros objetos.
Fuga e batida
Saíram do prédio no automóvel Honda Civic do morador,
em alta velocidade. Na fuga, bateram com um Corsa, que capotou sob o impacto, ferindo os
três ocupantes: duas moças e
um rapaz, que foram atendidos
no Hospital Souza Aguiar.
Alguns metros adiante, os assaltantes abandonaram o carro
batido e parte dos produtos
roubados. Os garotos renderam
um outro motorista e fugiram.
A 10ª Delegacia Policial, onde o
caso foi registrado, não deu informação sobre o paradeiro dos
assaltantes.
Guarita
O atual comandante-geral da
Policia Militar, coronel Gilson
Pitta Lopes, não mora na residência oficial. De acordo com
vizinhos, os soldados que ficam
na guarita não esboçaram reação ao assalto.
Pela manhã, os soldados que
estavam na guarita disseram
que chegaram para o plantão às
6h e que não foram informados
sobre o assalto. Alegaram que a
função deles é impedir a pichação dos muros e a invasão da residência; e não vigiar a rua.
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