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Projeto bolsa-escola consegue zerar a evasão
do enviado especial a Brasília
A bolsa-escola é um dos programas sociais em andamento no ensino brasileiro que tem demonstrando os melhores resultados na
redução de repetência e evasão.
O maior projeto, mantido pelo
Distrito Federal, envolve hoje 43
mil alunos (10% do total da rede
pública) e custa menos de 1% da
arrecadação (R$ 2,6 mi em 98).
A reprovação média no ensino
fundamental do Distrito Federal é
de 18%; entre os alunos bolsistas,
8%. A evasão média nesse nível de
ensino é de 11%; os estudantes que
recebem a bolsa simplesmente não
largam a escola (0,4%).
A idéia é simples: dar meio salário mínimo para as famílias de baixa renda, por filho mantido na escola. Se ele tiver mais de 10% de
faltas, a família perde o benefício.
Para evitar atrair pessoas de outros
Estados para a região, a bolsa-escola só é concedida a famílias que
comprovem residência na cidade
há pelo menos cinco anos.
Segundo o secretário da Educação do Distrito Federal, Antonio
Ibañez Ruiz, a bolsa têm vários
efeitos importantes além da melhoria nos indicadores escolares.
O primeiro é que diminui a necessidade da família ter que pôr o
filho trabalhando para completar
orçamento. O baixíssimo índice de
abandono mostra como a bolsa estimula a família a se preocupar
com a frequência à escola. Ou seja,
menos meninos vão trabalhar nas
ruas e mais famílias recebem o mínimo necessário para se manter.
O segundo é que, à medida em
que a família se preocupa mais
com a escola do filho, as crianças
começam a ter um apoio maior para estudar em casa.
Terceiro: as mães, principalmente, passam a ir com mais frequência à escola, onde elas também podem se alfabetizar, ou ser
encaminhadas para outros serviços públicos, como postos de saúde, se necessário.
(FR)
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