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EDUCAÇÃO
Além de ignorar questões, universitário do MA diz que colou adesivo para protestar contra teste do MEC
Provão em branco valeu 3.7 a estudante
DÉCIO SÁ
da Agência Folha, em São Luís
Um estudante do curso de direito da UFMA (Universidade Federal do Maranhão) afirma que, em
junho, entregou em branco os testes do provão do MEC e, mesmo
assim, obteve nota média de 3.7
-7.5 nas questões de múltipla escolha e zero na discursiva.
Nonnato Masson Mendes dos
Santos, 22, diz que, além de não
responder às questões, colou um
adesivo com a frase "o provão
não prova nada".
Quando recebeu o resultado, no
final do ano passado, veio a surpresa: tirou 7.5 nas questões de
múltipla escolha e zero nas discursivas, o que resultou em uma nota
média de 3.7.
Números
Esses números constam do boletim do graduando enviado a ele
pelo Inep (Instituto Nacional de
Estudos e Pesquisas Educacionais), órgão ligado ao MEC e coordenador do provão.
Outros dois estudantes de direito que também entregaram as
provas em branco confirmaram a
versão de Masson.
"Também colamos um adesivo
de protesto", afirmou Raimundo
Nonato Monteiro Filho, 32.
Eduardo Corrêa, 23, disse que sua
prova foi até filmada.
Ele pretende reunir todos os estudantes que entregaram as provas em branco para requerer suas
notas no MEC.
No caso de Masson, o pedido foi
feito antes da prova, em resposta a
uma das várias cartas que o MEC
enviou aos estudantes antes do
provão.
Lavagem cerebral
"Nesse ano foi feita uma lavagem cerebral em quem ia fazer o
teste. O MEC mandava várias cartas para intimidar a gente", disse
Masson. "A coordenação do nosso curso dizia que a universidade
seria descredenciada e ainda havia
a mídia", completou.
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